Analisar a obra de Cora Coralina ou, melhor dizendo, da senhora Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, nascida em Goiás-GO, a 20 de agosto de 1889, é uma empreitada que merece todo nosso respeito e admiração. Afinal, trata-se de trilhar caminhos que a crítica pouco faz, é seguir por estradas desconhecidas para iluminar uma obra que merece ser conhecida por públicos cada vez maiores.
Esse percurso é o que faz a professora Eliana Palomares, com o mesmo rigor e talento com que conduz seu trabalho como docente em universidades da região do Grande ABC, onde tive não somente o prazer de a conhecer como de partilhar a docência em um curso de Letras, paixão que assola tanto a ela quanto a mim.
Fruto de suas pesquisas para a obtenção do título de mestre, a presente pesquisa, revista, agora, para publicação, lança luzes sobre uma faceta da escritora que muitos não conhecem: a contista Cora Coralina. Conhecida por sua poesia, elogiada por críticos e colegas, como o fez Carlos Drummond de Andrade, seus contos não tiveram ainda estudos sistemáticos por parte da crítica, que prefere tratar de sua poesia. Somente esse fato dá relevância e importância ao trabalho, potencializado pelo fôlego crítico da autora, que apresenta, em sua obra, primeiro as raízes e evolução do conto – sem deixar de lado sua vertente fantástica – para, finalmente, debruçar-se sobre a obra de Cora, em uma proposta de abordagem séria e abrangente.
Marcos Júlio (Do Prefácio).
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