Escândalos, intrigas e assassinatos há um século no interior paulista
Por: Nicola Tornatore
A célebre cena noturna, os cabarés e bordéis, com centenas de prostitutas europeias, a maioria francesas e polacas, renderam a Ribeirão Preto o apelido de “Petit Paris” – ou “Pequena Paris”. Em 1907, o escritor Monteiro Lobato, depois de conhecer a cidade, escreveu a um amigo comentando que tentaria “se firmar” em Ribeirão Preto. “Dizem que há 800 mulheres da vida, todas estrangeiras e caras”, afirmou o escritor.
A riqueza gerada pelo café era tal que “empresários” da noite importavam diretamente da França champanhe e “cançonetistas”, como as prostitutas mais jovens e belas eram apresentadas. Muitas vezes, seus números artísticos se resumiam a desfilarem seminuas pelo palco dos cabarés, para deleite dos coronéis do café, que disputavam entre si, a peso de ouro, o direto da primeira noite (jus primae noctis).
Mas não era só champanhe que corria pelos salões da Pequena Paris. Intrigas, escândalos, arruaças e assassinatos também faziam parte do cotidiano da Pequena Paris. Crimes na Pequena Paris é uma coletânea de casos verídicos, criminosos ou pitorescos, ocorridos no interior paulista entre as décadas de 1880 e 1950, e contados a partir do noticiário dos jornais da época.
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