POEMAS
Alguns trechos da poesia lírica, romântica, sensual e surpreendente de Marcos Avelino Martins:
“Depois, o vento levará para longe todas as folhas, / E amargaremos o tipo mais cruel de saudade! / A vida traz-nos algumas simples escolhas, / Mas outras, fazem doer por toda a eternidade...”
“E quando o amor se diz ausente, / E aquele brilho some do olhar, / Então a escuridão se faz presente, / E a solidão convida pra dançar...”
“Os dias não correm, apenas escorrem, / A se liquefazerem através de cada hora, / Ressuscitando lembranças que não morrem, / Ecos de vozes fantasmas a ressoar pela casa, / As suas fotos deixando-me ainda em brasa, / Nas noites solitárias onde meu corpo estertora...”
“As areias do tempo são traiçoeiras, / Em suas ampulhetas escondem armadilhas, / E nessas sendas da memória, tão passageiras, / A mente guarda lembranças andarilhas...”
“Tenho pressa, e tenho premência de abraços, / Mas, quando eu tiver de morrer, / Que seja entre os teus braços, / Bem antes de amanhecer...”
“O amor é sempre traiçoeiro, / E quase nunca escolhe a quem amar, / O amor é de quem chegar primeiro, /
Quem chega depois só faz chorar...”
“Às vezes, a dor é passageira, / Em outras, insiste em nunca terminar, / E de repente dói a vida inteira / Um sonho de uma noite de luar...”
“O amor é a emoção mais pura, / É a cola que nos impede de quebrar, / Quando a vida nos conta um segredo: / Há uma paixão à espera em cada olhar...”
“Quando me levanto / Procuro o seu vulto / E para meu espanto / Nessa ilusão me oculto”
“Talvez então crie coragem, e te convide / Para sairmos juntos, irmos a um teatro / Ou ao cinema, embora eu mesmo duvide / Que gostes daquela atriz que idolatro.”
“O amor é soprado por minúsculas moléculas de poesia, / Que se irradiam pelos dedos dos poetas, noite e dia, / Até invadirem os espaços, nas noites e madrugadas, / Derramando-se pelos bares, pelas ruas e calçadas...”
“Enormes pulsares agitam meu plexo / Se teu olhar me promete uma sessão de sexo. / Um tremor faz-me tremer cada joelho, / Quando sobre mim te vejo nua, pelo espelho. / E esses sinais no corpo desse pobre sonhador / Que podem ser, senão uma prova de amor?”
“Mas lembranças são um prazer solitário, / E nesse mundo, todo ao contrário, / Onde apenas prazeres se justificam, / Onde sobrevivo, mesmo sem merecer, / Minhas memórias não me explicam / Como faço para te esquecer...”
“A noite me arrebatou, após assistir, quase em seu fim, / O seu vulto quase invisível, assustado a me chamar, / Como um fantasma que pairasse sobre mim, / Até, de repente, se desvanecer em pleno ar… / Liguei para você, mas não atendeu, a linha estava muda, / E nem retornou, não pude lhe contar daquela aparição, / Daquele pesadelo no qual você me pediu ajuda, / Antes de desaparecer outra vez na escuridão...”
“Mas, se no retrato alguém a vir soluçando, / Por favor, venha correndo me contar, / E ao seu encontro eu irei voando, / Para saber o que foi que a fez chorar… / Pois esse retrato que às vezes me parece vivo, / E que sua lembrança sempre me provoca, / É a última coisa que restou do amor cativo / Que deixou essa saudade que me sufoca...”
Livros com menos de 70 páginas são grampeados; livros com 70 ou mais páginas tem lombada quadrada; livros com 80 ou mais páginas tem texto na lombada.
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