Pecados não Perdoados

Por: d. j. t. Brito

Já houveram dias melhores em Arkell. Dias onde o sol brilhou com mais esperança e a noite era carinhosa como uma esposa recém-casada. Uma grande parte dessas coisas foram levadas quando os alquimistas, que se revelaram tão sábios e cheios de bondade, decidiram que o mundo seria melhor se eles fossem aqueles que decidissem o futuro da terra e dos homens.

Veio então o derramamento de sangue. Sangue inocente e culpado. Por quinze anos, Arkell foi tomada por uma violência tão feroz que, nesse mesmo período, nasceu as maiores abominações, as quimeras. Monstros engenhados pelos alquimistas com propósitos militares, mas que não foram suficientes para garantir o poder.

Após quase vinte anos, com o termino do período conhecido como a Gerra dos Exilados, já que não houve um vencedor, as Terras do Norte tentam reconstruir o que um dia foi perdido. Neste contexto, Alex Vaughan leva sua vida como um mercenário, sendo contratado para dar cabo às criaturas remanescentes e vendendo objetos perdidos dos alquimistas, conhecidas como artefatos. Quando achou que poderia voltar rever aqueles que lhe foram tão solícitos em tempos difíceis, ele se depara com uma estranha figura vestida com estranho tapa-olho.

Yeda Volker é uma garota que é muito mais do que aparenta, ainda que sua aparência não seja a mais comum possível. No entanto, a garota possui um talento inato em fazer Alex se surpreender em ver do que ela é capaz para alcançar seus objetivos. Como uma obra sem graça do destino, Alex acaba se encontrando na obrigação de ajudar a garota, levando-a até seu maior bem-feitor Abraham Solis.

Durante a viagem ele então entende que o grande problema para quem viajou sozinho por longos cinco anos, é o fato de que não é tão simples, do dia para a noite, conceber a ideia de que terá uma companhia tão duradoura para sua viagem. Para muitas pessoas, viajar acompanhado fosse uma boa coisa, mas não para ele. Principalmente se esta pessoa te faz lembrar de coisas indesejadas de seu passado.