(e eu interfiro)

Por: Sergio Porto

A provocação pela leitura de autores clássicos e contemporâneos e a escrita sobre essas influências gerou os contos (intertextos em itálico): “Fausto da Silva, o Faustinho” com os personagens de Goethe, em duas partes, vivendo uma versão carioca da conquista de Margarida e uma política com Fausto e Mefistófeles, nos remetendo à realidade brasileira que sem ser uma historiografia bordeja acontecimentos recentes. No conto de Machado de Assis, ”O caso da vara”, sem interferência, há continuidade, aí sob influência da obra, então estudada, de Nelson Rodrigues . Em “Dorinha” e “O amor acaba. Acaba?” os intertextos homenageiam os autores Valter Hugo Mãe e Paulo Mendes Campos. No “O médico” é dado destino ao personagem de Mia Couto de “Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra” que, desiludido, se despede dos amigos e sai de cena. Finalmente “Alta Costura”, título inspirado em costurar vários textos escritos por mim e por Ana Lúcia Duarte, Cláudia Camargo, Mônica Rubini e Sheila Araújo, que aceitaram repartir suas obras para uma nova composição.