Por: Claudio Donato
Athanatos, então, inicia sua ambiciosa e inédita empresa: um empreendimento alquimicamente inédito: de proporções colossais.
Após anos de infinitas tentativas, o audaz cientista encontra um modo de se tornar imortal.
Para a consecução de tal intento, Athanatos deve e teve de manter em absoluto segredo sua descoberta titânica.
E, então, num dia como outro qualquer: voilà, eureka: o cientista se submete à metamorfose: tornando-se, assim, imortal.
O segredo do sucesso da ardilosa empresa de Athanatos, no entanto, não escapa à sagaz perscrutação dos deuses.
De modo que o deus dos deuses, senhor do universo profundo e infinito, senhor, também, do universo efêmero, vital e mortal, exige e impõe a Athanatos não um julgamento, mas uma condenação à altura do desacato impetrado pelo impetuoso cientista.
O deus dos deuses, de olímpica majestade, estabelece, então, que se cumpra a seguinte ordem para cumprimento do veredicto: os deuses menores são convocados a construir inédita prisão, feita de matéria indestrutível e intransponível, em cujo hermético e eterno interior infernal deveria permanecer, para sempre, o homem que ousou se tornar imortal.
E assim se cumpriu a exigência do cósmico senhor do universo.
Athanatos, deste modo, é aprisionado e deverá permanecer imortal e cativo por toda a infinita eternidade.
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