Por: ano 1, n. 2, abr./jun. 2019.
E d i t o r i a l
Para sobreviver enquanto espécie, o ser humano seguiu um imperativo biológico: pensar. De fato, para além de uma prerrogativa antropológica, o uso das categorias lógico-dedutivas constitui uma necessidade de adaptação, vital à sobrevivência de um organismo animal, cujo despreparo para a existência é tão flagrante e ostensivo. Ao longo da sua evolução, o ser humano obrigou-se a percorrer o caminho inverso ao do desenvolvimento natural das espécies, ou seja, ao contrário de se adaptar às circunstâncias imanentes; fez acomodar, por meio de raciocínio, o meio ambiente à sua fragilidade orgânica – traço distintivo formidável em relação aos demais seres vivos imersos na lógica da seleção natural. Na sua gênese, a espécie humana valeu-se da sua elevada capacidade (cerebral, cognitiva, psíquica, afetiva) para mudar as circunstâncias em favor das suas inabilidades. E logrou projetar-se ao futuro.
Na espécie humana, o futuro é sempre síntese de saberes. Além de capacidade de abstração superior, outro traço distintivo do ser humano é a necessidade de legar conhecimento à sua descendência. Desta forma, as gerações conseqüentes podem partir de uma gama de informações previamente elaboradas e devidamente sistematizadas, de forma a ampliá-las, consolidá-las ou refutá-las. Portanto, o conhecimento, na espécie humana, segue um padrão exponencial, o que produz seres cada vez mais cognitivamente aptos - e, conseqüentemente, sociedades vertiginosamente mais complexas. Essa publicação é dedicada ao conhecimento. Boa leitura!
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