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A segunda queda

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O fim do império colonial francês na Indochina, 1950-1954 ... e o começo da era americana no Vietnã

Por: Jose Antonio Mariano

Em junho de 1940, os franceses experimentaram a suprema humilhação de uma derrota acachapante diante dos seus seculares adversários, os alemães. Derrubada em 45 dias, Paris sofreu com uma ocupação de quatro anos, até que seus Aliados anglo-americanos a libertassem em agosto de 1944. Foi a primeira queda. Saída derreada da II Guerra, a França, apesar de psicologicamente perturbada e economicamente arrasada, insistia em se manter como uma potência colonial e entre as “joias da República” estava a Argélia, ocupada pelos franceses entre 1830 e 1962, quando foram assinados os Acordos de Évian, tornando o país africano independente. Diante da obstinada resistência de veteranos que haviam lutado para que tal fato não ocorresse, a independência da Argélia configurou a terceira queda.

Mas entre alemães e argelinos, os franceses experimentaram uma guerra contra um dos povos mais aguerridos do mundo. Os vietnamitas, liderados por Hồ Chí Minh e Võ Nguyên Giáp, impuseram aos franceses uma guerra de libertação mortal, demonstrando uma flexibilidade tática que desnorteou os ocupantes e os expulsou da região após a aplicação de duas derrotas decisivas. A primeira em Cao Bằng, em setembro/outubro de 1950, quando Giáp exibiu seu cardápio de perseguições, embocadas e fustigamentos que destroçou as colunas francesas. A última, em Điện Biên Phủ, entre março e maio de 1954, quando colocou a nu a empáfia e o senso irreal de superioridade dos franceses, aplicando uma derrota definitiva, numa batalha desejada pelos franceses que imaginavam esmagar Giáp num combate convencional.

Điện Biên Phủ marcou o fim do domínio francês na Indochina. Mais tarde, vários autores consideraram que uma derrota que tinha tudo para ser apenas tática, havia se tornado estratégica devido ao cansaço, apupos de uma Paris surpresa com o vulto da derrota - afinal, os vietnamitas haviam destruído batalhões profissionais de legionários e paraquedistas - e um alto-comando titubeante, afoito para se livrar da guerra. Entre Cao Bằng e Điện, uma série de batalhas evidenciou certa inaptidão por parte dos franceses em travar uma guerra não convencional, num terreno que não conheciam, contra um inimigo determinado e avesso a “minudências burguesas” como baixas dilacerantes. Assim, nem o apoio dos EUA foi suficiente para sustentar o esforço francês e um império iniciado em 1870 findou-se em maio de 1954. Foi a segunda queda.

Nesta obra, Jose Antonio Mariano volta a esmiuçar politica, mas sobretudo militarmente, um dos maiores desastres das armas europeias diante de exércitos asiáticos e, pela primeira vez na história, a vitória de um grupo guerrilheiro - ainda que com contornos de forças convencionais - sobre um exército europeu bem equipado e sustentado economicamente por um aliado da magnitude dos EUA. Em minúcias, revela o quão claudicante era o comando francês, atabalhoado por uma política colonial indecisa oriunda de Paris, tentando lidar com um “exército guerrilheiro altamente leve e manobrável”, dirigido por um antigo estudante de Direito, leitor voraz de Lawrence da Arábia e Napoleão.

Diferentemente do seu livro anterior - “Enquanto formos vivos, a Polônia não perecerá” - que descreve a luta dos poloneses contra alemães e russos, envolvendo grandes formações, nesta, o leitor acompanhará os combates travados por unidades em níveis batalhões, cias. e pelotões, desde a chegada dos franceses à região, no século XIX, até a morte do império, em 1954, e a troca dos poderes com a saída dos franceses e a entrada dos americanos. O livro vai além e mostra a ascensão de Ngô Đình Diệm à presidência do Vietnã do Sul, suas erráticas, despóticas e nepotistas políticas católicas, e a dependência estabelecida com Washington, que lhe custaram o cargo e a vida e, para os americanos, 60 mil mortos numa guerra que até hoje cala fundo a alma dos EUA.

Selos de reconhecimento

Impresso
R$ 54,25

Ebook (epub)
R$ 21,36

Tema: Não Ficção, Ciência Política Palavras-chave: bien, bigeard, chi, dien, estrangeira, giáp, ho, indochina, legião, minh, phu, vietnã

Características

Número de páginas: 467
Edição: 1(2023)
Formato: A5 148x210
Coloração: Preto e branco
Acabamento: Brochura c/ orelha
Tipo de papel: Offset 75g

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