Por: Fernanda Barbosa

Seja bem-vindo a esse livro de receitas em espiral, fácil de ser manipulado enquanto se cozinha! Em suas páginas, tenho a honra de te mostrar uma pequena parte da culinária magrebina, consumida na Argélia em seu cotidiano, mas poderia ser encontrada com alguma diferença, no Marrocos ou na Tunísia, por meio de um cardápio encantador assim como o seu povo, conhecido por sua alegria, dança, receptividade, galanteio e religiosidade.

Por localizar-se no Norte da África, tendo costas banhadas pelo mar Mediterrâneo, mais precisamente entre Marrocos e Tunísia, sua culinária adquiriu traços vibrantes, em que raramente improvisos são reconhecidos, tudo é muito técnico, mesmo quando há falta de técnica, pratos cheirosos, bem compostos, passados de pai para filho em cada detalhe, abusando de azeite, azeitona, trigo em grão seco, pães, molhos e caldos, transparecendo o frescor somente encontrado com a combinação entre ervas, especiarias, legumes e cereais. A influência árabe na alimentação argelina “melhorou o que já era ótimo”, quando reuniu a essa explicação mencionada harmonia de aromas e perfumes que expressam toda a generosidade em preparações cozidas por muito tempo, numa composição que permeia nossas mentes, remetendo-nos ao exótico que comprovamos entre o belo visual do prato e a garfada. Sim, o ardor… esse não se esquece, logo que do cotidiano as grandes festas sempre se fazem presentes.

No final da leitura, além de aprender a fazer pratos, você irá perceber traços culturais e valorizar as refeições diante da mesa com seus familiares.

Deixe-se surpreender por essa leitura, cozinhe para si próprio(a) e seja feliz, faça para o marido saudoso de sua terra natal, marque com familiares e amigos, proporcionando um momento único e descontraído.

Portanto, aprender a culinária de um povo também é uma forma de se adquirir conhecimento cultural.