Por: Caio Fernando Nicolette

Esta é a história sobre quatro fases diferentes da vida de uma adolescente. Ao final de um quarto ciclo, outros podem surgir, de acordo com novas tendências.

Aqui conheceremos Lua, uma moça de dezesseis anos que, aos poucos, vai redescobrindo a própria vida, o que gosta, o que não gosta, o que tolera e o que detesta. Ela foi batizada assim por conta da adoração de seus pais pelos fenômenos lunares.

Acompanharemos quatro ciclos da vida de Lua: A erva, o culto, o amor e o som. Consequentemente, um ciclo anula o outro, e todos vivem em constante conflito. Mas todos os ciclos fazem parte de sua existência, ou pelo menos do momento em que ela vive. O primeiro ciclo é a erva. Nascida em uma comunidade pobre, Lua possui amigos e contatos que consomem cigarros de maconha. Ela não é exatamente viciada, mas gosta de experimentar; quer dizer, já experimentou, e continua experimentando, mas não chega a ser uma obsessão tampouco dependência: Ela não ficará louca caso não tenha a erva.

O segundo ciclo é o culto evangélico. Procurando distanciar-se do primeiro ciclo, Lua começa a frequentar uma congregação. O ambiente se resume a um lugar fechado, quente e com um pastor gritando a plenos pulmões, embolsando todo o dinheiro que consegue em troca de fantasias e promessas de salvação.

O terceiro ciclo é o amor: Lua conhecerá Caleb, um rapaz de vinte e dois anos. Eles iniciarão um relacionamento e, para Caleb, inicialmente todos os ciclos estarão mascarados. Todos aos poucos cairão por terra. Caleb decide que, para contemplar Lua em sua forma mais divina, é necessário exterminar todos os outros ciclos. Ele decide afastá-la das más companhias, bem como do próprio culto evangélico.

Ao final, teremos o ciclo do som... Lua começa a ter aulas de música clássica. O último ciclo pode, de fato, ser libertador, e matar a todos os outros. Até mesmo o próprio Caleb.