Por: Alice Ribeiro Braatz
Essa obra pretende analisar as imunidades de jurisdição do Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e seu impacto em relação ao direito de acesso à
justiça de trabalhadores brasileiros que prestam serviços àquela organização internacional. A
previsão do privilégio em tratados ratificados e internalizados pelo Brasil tem sido
interpretada pelos tribunais nacionais como fundamento suficiente para a concessão de
imunidade absoluta de jurisdição às organizações internacionais. Neste contexto, é possível
que a jurisprudência atual não esteja enfrentando adequadamente a questão da colisão entre o
princípio imunitário e o princípio da não denegação de justiça. É feita uma análise da
jurisprudência brasileira a respeito do tema e dos argumentos que tem lastreado decisões no
sentido da imunidade absoluta. Em seguida, argumentos desenvolvidos pela doutrina e pela
jurisprudência internacionais são analisados para demonstrar a falta de ponderação nas
decisões entre a imunidade absoluta e o direito de acesso à justiça.
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