Um dançar Irresistível
Por: Fernando Agra
"Dei-me licença senhores que o Divino vou cantar, fazendo pelo sinal aos pés do Santo Altar"...
Os sinos estão tocando! ... É o sinal que devemos iniciar a nossa apresentação. Tudo começa em maio de 1976, quando então um bando de 7 foliões, abrem as portas para a entrada da Bandeira.
Esta Bandeira que nos foi entregue certo dia, por Dom Pedro Dinis Ferreira - Quaderna, Rei do V Império, o cognominado "O Decifrador", que dizia já a ter recebido de um cavaleiro esquisito, uma espécie de frade - cangaceiro ou melhor um monge - cavaleiro, com nome de Frei Simão, que cavalgava lá pelas bandas do sertão dos velhos cariris, estamos levando na direção de um lugar chamado Vitória. Pois como sabemos, a nossa missão tem um sentido de luta; "Lutar para preservar, documentar, difundir e ensinar as mais profundas e verdadeiras raízes da nossa cultura".
Em nossa caminhada somos Guerreiros de espada e capela; Galantes, devotos de Nossa Senhora, cavaleiros reminiscentes dos torneios medievais e valentes cangaceiros do sertão dos velhos Cariris.
Por onde passamos deixamos marcado o sinal sagrado da "Onça Malhada". Giramos a Roda, brincando de coco, batendo tamanco, cantando ciranda na beira do mar. Lanceiros, guerreiros de Ogum, somos negros, caboclos, mulatos, mestiços e castanhos.
Por fim somos vermelhos, em brasa, fervendo ao som dos metais que transmutamos e nos transformamos na Raça Dourada.
Com base nos Autos e Folguedos populares, estamos criando "A Dança do Brasil".
Antero Madureira
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