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Um dia ..... o Amor

Por: Virgínia Ribeiro

_ Olá !!!

_ Bom dia, senhorita !!!! Respondeu com alegria, Sr. Agenor, o jardineiro, acenando para a janela

onde estava Aylin.

_ Lindo dia!!!!

Diante de tanta beleza, Aylin não resistiu e desceu as escadas correndo para apreciar mais de

perto as borboletas que povoavam o jardim debaixo de sua janela.

Era o inicio da primavera aqui e ali surgiam novas flores, deixando o ar impregnado com seus

perfumes, fazendo uma mistura perfeita naquela manhã ensolarada.

Aylin havia chegado de madrugada, mas, mesmo assim não pode dormir mais tempo, a janela

estava entre aberta e a cortina branca, deixava entrar os primeiros raios de sol, a brisa brincava

ora soprando-a levemente para um lado ora deixando-a parada como que convidando-a para um

passeio.

Neste clima, era impossível continuar na cama, de um pulo, colocou-se de pé, assim mesmo, antes

dos demais se levantarem lá estava ela entre os canteiros, olhando, descobrindo a cada instante

uma nova variedade que dona Eulália, sua mãe, havia plantado nos meses anteriores. A primavera

agora deixava transparecer toda sua beleza, como que agradecendo seu carinho e sua dedicação.

Dona Eulália era uma professora aposentada que adorava passar suas tardes a cuidar do pequeno

jardim nos fundos da propriedade com a ajuda do jardineiro, que de tantos anos entre as plantas já

conhecia até suas manhas. Assim no meio de tanta beleza era inevitável que sua natureza sonhadora

deixasse fluir as lembranças doces, inclusive as do internato. Lá passou seus anos de preparação

para tomar parte da empresa de seu pai. Ela era a última de cinco irmãos, juntos pretendiam

comandar a fábrica de suco que durante anos seu pai dirigiu e ainda dirige, cuidou, fez crescer,

modernizando sempre, era na verdade um orgulho.

Seus empregados, ou mais do que isso, seus amigos, faziam parte da grande família Moraes. Tudo

corria na mais perfeita ordem, mesmo passando maior tempo no internato, as visitas constantes de

todos, as idas nas férias para a fazenda, sem dúvida fez com que não sentisse solidão e se

aperfeiçoasse ao máximo no que havia escolhido.

Com seus vinte um anos completos, formada em Administração, dona de uma invejável inteligência

para negócios, estava ali, entre as queridas flores de sua mãe deixando seus pensamentos a solta,

a recordar com alegria os grandes momentos de sua infância e adolescência.

De repente, entre as flores ela viu um leve chacoalhar, aproximou-se devagar para ver o que era,

sua curiosidade infantil ainda estava presente no corpo de mulher.

Abaixou–se e delicadamente separando as folhas e flores do pequeno arbusto, com cuidado, pois

poderia ser uma cobra ou algo parecido, e não foi surpresa quando deparou com Teco-teco, seu

gato, companheiro inseparável nas férias escolares, nas longas caminhadas pelos pomares, no

descanso gostoso na rede nas tardes quentes de verão. Reconhecendo-a logo acordou, espreguiçando

demoradamente e indo aninhar-se a seus pés fazendo-lhe a maior festa .

Aylin acariciou por um instante seus longos e macios pêlos, amarelo como ouro falando:

_Olá bichano, ainda não o tinha visto, quando cheguei de madrugada, você havia saído, com

certeza, para namorar !!!? Esboçou um sorriso e o pegou no colo.

Era delicioso sentir a maciez dos seus pêlos, parecia que a escutava, prestava atenção a tudo que

ela lhe dizia. Às vezes ronronava uma resposta que só os dois entendiam. Passavam horas juntos,

desde que fora trazido pelo seu pai numa noite escura e chuvosa, à mais ou menos cinco anos.

Foi amor a primeira vista, dizia Aylin. Ela estava de férias na fazenda, e numa noite seu pai ao

retornar de uma viagem deparou com o pequeno gatinho que miava sem parar próximo a porteira

principal da fazenda, estava encharcado e sentia frio, pegou-o então e trouxe dentro do sobre tudo

fazendo-lhe uma surpresa.

Quando chegou chamou-a e o deu de presente, foram para a cozinha dar algo de comer, secar

seus pêlos garantindo assim sua sobrevivência. Recordava cada momento daquele adorável

encontro. Nisto, uma voz tirou-a de suas recordações e olhando para a janela da sala do segundo

andar, pode divisar Ângela, sua irmã.

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Agora já enxergando perfeitamente, Aylin conduzia sua vida com mais firmeza, seu sucesso

profissional já aparecia em revistas especializadas em empresas, sua visão de administração e

produção muitas vezes mereceu prêmios internacionais. Sua vida agitada não deixava tempo para

pensar e se lamentar, absorvida em projetos deixava de lado o coração ainda sentido com a perda

de um grande amor.

Após um ano de conferências, simpósios, reuniões intermináveis, aceitou a sugestão de Sr. Morais

em tirar umas merecidas férias como diria Sr. Onofre. Não quis de imediato viajar, havia feito isso

tantas vezes que precisava de algo diferente. A primavera já estava no final, as flores apesar de

belas dava lugar a uma coloração mais forte devido ao calor que vinha a todo pique no verão.

Caminhar calmamente pelas alamedas sombreadas, admirar os pássaros no jardim, faziam mais o

gênero dela. Entre um passo e outro Teco- teco passava-lhe entre as pernas para chamar-lhe a

atenção já que seu pensamento voava como um pássaro por entre as árvores.

_ Olá bichano, não fique com ciúmes..... penso só na beleza deste lugar. Vem, aconchegue aqui

em meus braços e vamos caminhar por ai, sem rumo, sem lenço nem documento. Sorriu. _ Como

na música, que tal??

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Resistia em abrir os olhos, tinha medo de ser só um sonho, aquele toque tão familiar, tão desejado,

não queria apagar aquele momento, permanecia como elevada às nuvens. Tudo à sua volta parecia

insignificante, o som da cachoeira deixou de existir, seu corpo agora correspondia aquele afago

com tamanha realidade que mesmo assim precisou ouvir a voz dele para acreditar ser verdade.

Selos de reconhecimento

Impresso
R$ 50,85

Tema: Literatura Nacional Palavras-chave: amor, e, superação

Características

Número de páginas: 284
Edição: 1(2011)
Formato: A5 148x210
Coloração: Preto e branco
Acabamento: Brochura c/ orelha
Tipo de papel: Offset 75g

Livros com menos de 70 páginas são grampeados; livros com 70 ou mais páginas tem lombada quadrada; livros com 80 ou mais páginas tem texto na lombada.




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