VIÚVA, ELA PASSOU A VIVER OS DESAFIOS DA SOLIDÃO E APEGAVA-SE EM SUAS MEMÓRIAS PARA ENCONTRAR FORÇAS PARA CONVIVER COM ELA.

Por: JOÃO JOSÉ DA COSTA

O livro conta a história de Maria, uma mulher que tinha um hábito desde criança de colecionar em um baú peças de roupas de momentos importantes em sua vida. Estas peças eram memórias vivas de sua vida, de sua infância, sua adolescência, seus romances de juventude, do casamento com o grande amor de sua vida, seus filhos e as amigas. Após a viuvez ela passou a viver os desafios da solidão e se apegava nestas memórias para encontrar forças para conviver com ela. Tornando-se uma filósofa pontual, ela meditava e fazia considerações sobre assuntos do cotidiano. Entretanto, uma mensagem recebida fez com que ela repensasse este seu hábito e considerasse a possibilidade de descartar as peças de um baú já lotado para que outras pessoas delas se beneficiassem. E cada peça descartada a fazia voltar no tempo como um filme, relembrando todos estes momentos importantes de sua vida. O livro conta histórias de suas amigas do grupo da terceira idade, irmanadas nos desafios de saúde e vontade de viver, além de alívio para solidão que sentiam. E foi neste grupo que ela conheceu outro homem que por ela se interessou. Assim, Maria vive um dilema entre as memórias do tempo em que viveu com Paulinho, seu primeiro marido, e a aceitação ou não da proposta para uma nova vida a dois que Adamastor lhe oferecia.