Por: Vilma Damásio

Este romance se desenrola na Europa, nas primeiras décadas do século IXX onde famílias da alta aristocracia e da nobreza, passam a assistir as palstras daquele que se autodenominava - O Filósofo Desconhecido - nome pelo qual ficou sendo conhecido Louis Claude de Saint Martin. Pertencente à nobreza de França, suas idéias, sua filosofia cristã, suas palavras de auto nível espiritual além de vários livros entre os quais " Do erro e da verdade ", procurava despertar o homem para a realidade de que ele deve abandonar o "velho homem", tomar em suas mãos seu próprio destino e se tornar "Novo Homem".

Tornara-se assim, a "coqueluche" das altas rodas de então. Suas palestras se realizavam nos saloes dos nobres e aristocratas da época, que sentiam grande honra em recebe-lo. Imbuídos de suas palavras e conceitos cristãos, foram muitos os que modificaram suas idéias para melhor. Dizia que a vida é eterna e que a "morte" não existe; que a felicidade vem da paz interior e da consciencia tranquila. Alegava ainda que o homem é um universo em miniatura e que, sob o véu da alegoria se escondia a Verdade; que devemos aceitar resignados os designos de Deus, pois que a vida na matéria é uma escola bendita de aprendizado.

Todos os personagens deste livro, cada qual com problemas dos mais diversos, se beneficiaram de seus conhecimentos e da luz da verdade que ele transmitia.

Para finalizar, a autora fala sobre a chegada do Parácleto da Verdade, ou seja, o Espiritismo codificado de Kardec, afirmando que os preceitos desse filósofo, como de outros, haviam preparado as mentes privilegiadas e estudiosas, a aceitarem a nova doutrina com os braços abertos, numa visão do porvir, quando, conforme disse o Cristo "Haverá um só rebanho e um só pastor..."