Dominação e Autonomia no Sul da América: Argentina, Brasil, Uruguai (1810-1864)

Por: Mário Maestri

Por seis anos, de 1864 a 1870, a região hoje conhecida como Cone Sul, no continente americano, foi abalada por uma guerra cruenta que deixou rastros, materiais e imateriais, nos quatro países nela envolvidos, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, com destaque para a última nação.

Como costuma acontecer em caso de conflitos, os relatos históricos sobre esse esse conflito, ­a Guerra Grande, para os paraguaios, Guerra do Paraguai, para os outros três países, permaneceram comprometidos com visões nacionalistas.

Consciente da dificuldade de analisar de modo objetivo fatos tão complexos como os que levaram à deflagração daquele conflito, o experiente historiador Mário Maestri debruçou-se sobre a intricada história da região nele implicada.

Mar del Plata: Hegemonia e Autonomia no Sul da América: Argentina, Brasil, Uruguai (1810-1864), apresentado na coleção Mar Del Plata, constitui o primeiro volume de uma quatrilogia, que inclui, como segundo volume, o estudo Paraguai: a República camponesa, já editado.

Os dois relatos sobre a guerra (volumes terceiro e quarto) serão lançados também nessa coleção. Mar del Plata: Hegemonia e Autonomia no Sul da América: Argentina, Brasil, Uruguai (1810-1864) é composto de três grandes capítulos. O primeiro é dedicado à Argentina; o segundo, ao Uruguai; o terceiro, ao Brasil.

Em um texto elegante e acessível não apenas a especialistas, Mário Maestri conta em forma concisa a história da Argentina, do Brasil e do Uruguai, de 1810 ao início da guerra, em 1864. Nessa narrativa, apresenta as principais contradições históricas que, direta ou indiretamente, levaram à necessidade, do ponto de vista dos agressores, em especial da Argentina e do então império do Brasil, a empreender a agressão à República do Uruguai e, a seguir, do Paraguai.

Florence Carboni

Programa de Pós-Graduação em Letras, UFRGS