Por: Rui Werneck de Capistrano
As amarrações dependem de nós.
O nó foi inventado sem querer por um cara que não tinha o que fazer e brincava com uma corda. De repente, a corda se entrelaçou, ele puxou as pontas e surgiu o primeiro nó. Era um nó cego como a justiça. E ficou ali até que o homem resolvesse desfazê-lo. A curiosidade aumentou e ele foi inventando outros tipos de entrelaçamentos. Outros homens entraram na brincadeira e hoje temos centenas e centenas de nós pra prender qualquer coisa. Prender, segurar e soltar. A inventividade é inata no ser humano. É só acontecer uma coisa e já surgem outras derivadas. E pra tudo o que tem serventia, a invenção perdura. Aí, o nó passou a ser de domínio público e também a ser figura de linguagem. Deu um nó na minha cabeça é expressão bem conhecida. Nó na garganta, nó nas tripas, nó górdio, cheio de nós pelas costas, etc. Agora, que tipo de nó? Vai lá saber. Tem amarração pro amor e devia ter amarração pro dinheiro.
Livros com menos de 70 páginas são grampeados; livros com 70 ou mais páginas tem lombada quadrada; livros com 80 ou mais páginas tem texto na lombada.
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