Por: MDG FERRAZ
Para dar cabo a uma intensa busca existencial, Poemas in Branco se apresenta como um emocionante bailado de palavras composto por imagens quase surreais cujo cenário realista é construído com as agruras vividas no caos da saúde de um pais à deriva. Nesses poemas, as palavras dançam, sinestésicas, calçadas em sapatilhas cujas pontas traçam metáforas, metonímias, oximoros, paradoxos, sob o olhar reflexivo e exigente da médica e o esforço da poeta que tenta abrir espaço entre os corpos e doentes do hospital para extravasar tudo que é “socado,/e espremido,/e empurrado/para dentro do (meu) peito”. É assim que sua dança encena a angústia ao andar em círculos “como uma condenada, contando os passos.do cárcere ao patíbulo” na tentativa de abrir caminho para a poeta latente que se encontra “sem nenhum espaço para caminhar”...
Elizabeth M.A. Bilange
Professora de Literatura da UFMS/Cpan
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