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ECLESIOLOGIA BÁSICA

Eclesiologia Geral Básica

Por: Pastor Tiago dos Santos Esteves

Mastigando as Definições de Eclesiologia e Igreja

Eclesiologia, como foi dito, é o ramo da teologia geral que trata da doutrina da Igreja: seu papel na salvação, sua origem, disciplina, forma de se relacionar com o mundo, seu papel social, suas mudanças ocorridas, as crises enfrentadas, suas doutrinas, relação com outras denominações e sua forma de governo.

Partiremos desta definição para começar o aprofundamento da doutrina da Igreja. Vamos separar por partes os componentes dessa definição.

Teologia Geral – A teologia geral é o conjunto das teologias biblicamente aceitas. Dela fazem parte as seguintes teologias: bíblica (vétero e neotestamentária), histórica, sistemática, dogmática, e, nalguns poucos itens, a teologia contemporânea nos seus sub-ramos biblicamente embasados. Teologia é o estudo sobre Deus e sua criação.

Doutrina da Igreja – Segundo Aulete, Doutrina é o conjunto dos dogmas ou princípios em que se funda uma crença religiosa, um sistema filosófico ou político. Tudo o que é objeto de ensino. Sistema ou regra que cada um segue no seu procedimento. Segundo o Novo Dicionário Davis, trata-se de um conjunto de ensinos ou um ensino específico. Termo que deriva do verbo latino “docere” que significa ensinar. Doutrina da igreja é, portanto, o que se ensina sobre a Igreja.

Papel da Igreja na Salvação dos Perdidos – Esta parte será detalhada em capítulo especial em que trata da Missão da Igreja. Uma das funções basilares da Igreja é a proclamação da verdade de Cristo; por ser a Igreja instrumento de Cristo no mundo.

Origem da Igreja – Conforme foi dito na primeira aula, a origem da igreja está em Jesus Cristo. Sua época de origem, forma de origem, metodologia de origem, ponto fundamental e pedra fundamental estão ligados diretamente ao ministério terreno de Jesus. Ainda que as possibilidades apresentadas na primeira aula sejam reais, o mais correto é afirmarmos que a igreja nasceu na mente de Cristo e para os seus santos propósitos.

A Disciplina da Igreja e na Igreja – Também será objeto de aula específica. Ao longo dos tempos temos estudado e utilizado três formas de disciplina da Igreja: preventiva ou formativa, corretiva ou restauradora e cirúrgica (amputadora em alguns casos). Esta última vem sendo muito pouco empregada. Disciplina é o uso do discipulado na igreja.

A Igreja e os seus Relacionamentos – Não só o relacionamento com o mundo, mas também, e em especial com o próximo deve ser objeto de exaustivo estudo de cada igreja local, respeitando o contexto e as peculiaridades locais, os cuidados relativos à contaminação com o mundo e suas concupiscências (a igreja é referência e não o mundo) e os demais relacionamentos. Com as igrejas co-irmãs, com aquelas que professam sua fé em vários deuses, com aquelas que dissociam os elementos da trindade santa, com aquelas que aceitam com facilidade o ecumenismo e até as que aceitam imiscuir-se com o sincretismo religioso há possibilidade de relacionamento, mesmo que o diálogo seja mais difícil. Amor e respeito com a pessoa, suas opções, sua individualidade, sua liberdade de escolha, tudo passa a ser fator primordial para alcançarmos vidas imersas no lamaçal do pecado e conduzi-las ao céu.

Papel Social, Forma de Governo, Mudanças e Crises na Igreja – São assuntos polêmicos que demandam tempo. Na aula sobre igreja orgânica e na aula sobre a igreja e suas crises estes assuntos serão brevemente abordados. A dinâmica da igreja traz crises.

UMA IGREJA BATISTA NA DENOMINAÇÃO BATISTA

Glendon Grober, em seu livreto “Cristo Sim; Igreja Sim”, diz: A igreja é “uma congregação local de crentes batizados, mediante sua pública profissão de fé em Cristo, que voluntariamente se reúnem a fim de glorificar a Deus e magnificar o nome de Jesus pelo crescimento espiritual dos crentes e a evangelização dos perdidos”.

Uma igreja é fielmente definida pelo tipo de governo, pela composição, função e ordenanças e, ainda, pelo corpo de doutrinas bíblicas que a caracterizam.

Além desta definição, temos outras; inclusive uma na DECLARAÇÃO DOUTRINÁRIA DAS IGREJAS DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA. Esta diz assim: “Igreja é uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após pública profissão de fé”. É nesse sentido que a palavra igreja é empregada no maior número de vezes nos livros do Novo Testamento. Mt 18.17; At 5,11; 20.17,28; 1 Co 4,17; 1 Tm 3.5; 2 Jó 8; 1 Co 1,2,10. Tais congregações são constituídas por livre e espontânea vontade dessas pessoas com a finalidade de prestar culto a Deus, observar as ordenanças de Jesus, meditar nos ensinamentos da Bíblia para a edificação mútua, bem assim da igreja, e para a propagação do evangelho (Atos 2. 41,42).

As igrejas neotestamentárias são autônomas, têm governo democrático, praticam a disciplina e se regem em todas as questões (espirituais e doutrinárias) exclusivamente pela Palavra de Deus, sob a orientação do ESPÍRITO SANTO. (Mateus 18.15-17).

Há nas igrejas, segundo as ESCRITURAS SAGRADAS, duas espécies de oficiais: Pastores e Diáconos. As igrejas devem relacionar-se com as demais igrejas da mesma fé e ordem e cooperar voluntariamente nas atividades do REINO DE DEUS.

O relacionamento com outras entidades quer seja de natureza eclesiástica ou outra, não deve envolver a violação da consciência ou o comprometimento da lealdade a Cristo e à Sua Palavra.

Cada igreja é um templo do Espírito Santo. At. 20.17 e 18; 6.3-6; 13.1-3; Fl. 1 5.9; 1 Tm. 3.1-13; 1 Co. 3.16,17; At 14.23; 1 Pe. 5.1-4;

Há, também, no Novo Testamento outro sentido da palavra igreja, em que ela aparece como a reunião universal dos remidos de todos os tempos, estabelecida por Jesus Cristo e sobre ele edificada, constituindo-se no corpo espiritual do Senhor, do qual Ele mesmo é a cabeça. Sua unidade é de natureza espiritual e se expressa pelo amor fraternal, pela harmonia e cooperação voluntária na realização dos propósitos comuns de Deus. Mt. 6.18; Cl. 1.18, Hb. 12.22; Ef. 1.22,23; 3.8-11; 4.1-16; 5.22-32; Jó. 10.16; Ap. 21.2,3.

Ao colocarmos em evidência este documento da CBB, queremos dizer que concordamos não só com a totalidade e natureza do seu conteúdo, como também assumimos o compromisso de viver integralmente este conteúdo e, tanto quanto possível, propagá-lo.

Há autores que despendem laboriosos esforços em descrever o que não é uma igreja batista. Nós, porém, acreditamos que, por mínima que seja a investigação no campo destas falsas agências do Evangelho do Reino de Deus, estaremos fazendo, de algum modo, sua propaganda.

Dinelcir de Souza Lima, em sua revista “A Doutrina Bíblica da Igreja’ expõe, em seus variados capítulos alguns esclarecimentos. Em seu estudo número 1, no terceiro tópico, peculiariza fatos de singular importância sobre a igreja:” ‘ (a) É uma instituição idealizada por alguém que está fora das esferas humanas; b) é uma instituição que tem como dono alguém que está fora das esferas humanas; c) é uma instituição que é dirigida por alguém que está foras das esferas humanas.

A Igreja Batista é, portanto, uma instituição divina e humana, governada por Deus; administrada por homens e, ao mesmo tempo por Deus. É, por esse motivo, legislada por Cristo, pastoreada por um líder capaz (escolhido pelo Espírito Santo) e julgada em parte e nas partes por si mesma e, no todo, por Deus Seu Soberano Absoluto.

Vamos repassar os principais fatores ou aspectos deste último conceito. Primeiramente porque nele se encaixa a Igreja Batista; depois, porque todas as suas divisões são biblicamente abalizadas.

Congregação Local – Pessoas Regeneradas – Após Pública Profissão de Fé – Por Livre e Espontânea Vontade – Com a finalidade de: (Igreja Orgânica, com sua missão e funcionalidade). São autônomas, Democráticas; e se regem exclusivamente pela Palavra de Deus, sob a Orientação do Espírito Santo.

A Igreja em Três Dimensões – O ponto de Vista das Fases Vitais da Igreja

1 Pedro 1.3-9 e 2.5 e 9 e 10.

Introdução – A Igreja pode ser vista de formas diferenciadas e sob vários aspectos. Pode ser vista do ponto de vista ético como igreja testemunhal ou despreparada; do ponto de vista técnico como igreja aprovada ou reprovada; do ponto de vista da santificação como igreja fria, morna ou quente; do ponto de vista estrutural como igreja estruturada, pronta ou em fase de estruturação; do ponto de vista formal como igreja vazia, cheia de pessoas vazias ou cheia de pessoas cheias; do ponto de vista espiritual como igreja deitada, sentada, ajoelhada ou em pé; existe a igreja militante e a igreja triunfante e uma infinidade de outras avaliações. Uma visão mais acurada da igreja determinará sua tipologia do ponto de vista ontológico; através de sua verdadeira essência, ou seja: através das suas três dimensões determinadas pelo ponto de vista mais importante; o de Deus. Vejamos estas três dimensões.

I – Um Corpo. O Corpo de Cristo. 1 Coríntios 12.27.

a) O Corpo e seus membros; Romanos 12. 5.

b) Os Membros do Corpo e suas relações; Romanos 12. 6-8.

c) O Plano Funcional dos Membros; 1 Coríntios 12. 14-21.

d) A Unidade na Diversidade. 1 Coríntios 12.12.

II – Um Povo. O Povo de Deus. 1 Pedro 2.9 e 10.

a) Um Povo Organizado por Deus; 1 Pedro 2.9.

b) Um Povo Separado por Deus e Para Deus; 1 Pedro 2.10.

c) Um Povo Voltado para Deus através da Adoração; Isaías 43. 21.

d) Um Povo Eleito para servir a Deus. Isaías 43.7.

III – Uma Comunidade. A Comunidade do Espírito. Atos 4.32; 13. 2.

a) A Comunidade onde o Espírito dá Ordens; 1 Coríntios 12. 11.

b) A Comunidade onde o Espírito Corrige. Atos 5. 5 e 10.

c) A Comunidade onde o Espírito Age com Liberdade. 2 Coríntios 3.17.

d) Uma Comunidade onde o Espírito é o Autor, Ator e Ídolo. 1 João 5. 6-8.

IV – A Igreja aprovada pela Trindade Santa é viva, dinâmica e gloriosa, irrepreensível e pura, sem mancha nem ruga. Efésios 5. 25b-27. Deus está vendo o comportamento da Igreja. Seus olhos estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons. (Provérbios 15. 3).

Conclusão – Quando a igreja é vista como Corpo de Cristo, Povo de Deus e Comunidade do Espírito, os resultados são fantásticos. No Corpo de Cristo todos querem estar unidos como brasas vivas (1 Pedro 2. 5), para serem úteis, na forma que o Espírito determina ou concede, para que as determinações de Deus configurem ordem e decência (1 Coríntios 14. 40). No meio do Povo de Deus há uma total harmonia, concedida pelo Espírito Santo, entre os membros do Corpo de Cristo, para que Deus seja glorificado através de cada cidadão da Pátria Celestial. Na Comunidade do Espírito mora um povo, separado por Deus, unido no louvor, no serviço e na comunhão como esse Corpo organizado e feliz. Qualquer que venha ser a visão dimensional da igreja, a natureza, a essência, a fé, o amor, a alegria, a paz, a concórdia, os frutos do Espírito, por assim dizer, são plenamente cultivados; desde que a igreja satisfaça todos os requisitos destas três dimensões.

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Ebook (PDF)
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Tema: Doutrinas Bíblicas, Teologia, Vida Cristã Palavras-chave: -, da, eclesiologia, igreja, teologia

Características

Número de páginas: 164
Edição: 1(2018)
Formato: A5 148x210
Coloração: Preto e branco
Acabamento: Brochura c/ orelha
Tipo de papel: Offset 75g

Livros com menos de 70 páginas são grampeados; livros com 70 ou mais páginas tem lombada quadrada; livros com 80 ou mais páginas tem texto na lombada.




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