O absurdo de se viver a vida de quem se desconhece, em seu próprio corpo.

Por: José Waeny

Um homem acorda num hospital, sem saber quem é ou reconhecer alguém, até que começa a receber mensagens esotéricas através de seus sonhos. Descobre, ao longo deste período, que tem duas mães – uma espiritual e uma biológica, e é um novo homem, renascido dos restos de dois indivíduos.

Ao longo de sua nova vida, quando volta a morar com sua mãe material e biológica. Aos poucos, através de fatos e sonhos, vai recuperando a memória de alguns fatos, mas descobre que existe um buraco em suas memórias. Este pode ser fruto de uma possessão demoníaca, ou mesmo do evento que roubou parte de suas lembranças, quando foi atingido por um tiro na cabeça, o que também levou a vida de um policial, o qual mesclou-se com seu ser.

Quando conhece a esposa do policial que morreu para preservar sua vida, uma paixão descabida e incrível retoma seu ser e sua ânsia de viver. Se livra de um passado bastante conturbado e estranho a ele, e após algumas vicissitudes, apaga fatos desconfortáveis de sua mente parcialmente em branco.

Agora, sem mais ninguém no mundo é hora de decidir quem se tornará: o antigo menino desencontrado e pervertido que ele mesmo era em sua juventude, o policial que o salvou, doando-lhe memórias e família, o homem que era antes do tiroteio que lhe tirou as lembranças, ou uma mistura de mentes – um novo homem...