Por: ADEILSON NOGUEIRA
Certa vez, Creso – príncipe da Lídia e um dos homens mais poderosos da Grécia antiga – encontrou-se com Sólon, um dos grandes sábios atenienses da época. Após mostrar-lhe todas as riquezas provindas de suas conquistas, perguntou ao sábio quem era o homem mais feliz. Na cabeça soberba de Creso, a resposta era clara: ninguém menos do que ele próprio poderia encarnar a felicidade. Mas Sólon não correspondeu às expectativas do príncipe, e, ao que se sabe, teria respondido:
“Possuís certamente riquezas consideráveis e reinais sobre um grande povo, mas não posso responder a vossa pergunta sem saber se terminareis os vossos dias na abundância; pois o homem cumulado de riquezas não é superior àquele que possui o necessário, a menos que a boa sorte o acompanhe e que, gozando de todas essas espécies de bens, termine venturosamente sua existência. Antes de sua morte, evitai julgá-lo; não lhe deis esse nome de “feliz”; considerai-o somente venturoso”.
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