O primeiro amor também pode ser o último?

Por: Nina Higgins

“Sabia que era realidade. Desejara que fosse sonho, para que mais tarde pudesse acordar e

suspirar aliviada. Mas não era. Olhou a sua volta: tudo se encontrava no mesmo lugar de sempre. Tocou

a bancada fria de mármore, marcando-a brevemente com o formato de sua mão. Tudo no seu devido

lugar. Copos, pratos, panelas. A respiração falhou um pouco a deixando subitamente tonta. Sentia que se

ficasse mais um pouco ali, desmoronaria. Mas não conseguia sequer dar um passo a mais. Dirigiu seu

olhar languidamente para a porta do quarto. Outra vez sentiu seu coração bater mais devagar do que

deveria, como que a pedir cautela. Ele estava lá. Deitado, desprotegido, cabelos loiros numa explosão de

bagunça. dormindo o sono calmo e gentil que só os sonhos poderiam lhe proporcionar a partir de agora.

Sorriu ali sozinha e uma lágrima escapou de seus olhos abandonando sua alma. Sentiu-se sufocada e,

num movimento rápido, correu até a porta em busca de ar. Lá fora estava frio, ainda um pouco escuro,

aquela indecisão entre o sono da lua e o bocejo do sol. Olhou mais uma vez a sua volta antes de fechá-la

atrás de si. Pratos, copos, panelas. Tudo em seu devido lugar. Menos ela.”

Lana se apaixona por seu amigo irlandês, Mark, ainda na adolescência. No entanto, a

imaturidade da menina acaba o afastando e Mark volta para Howth. Anos depois, os dois se

reencontram, mas já seria o momento para viverem seus “felizes para sempre”?

Conheça a história de Lana, uma garota insegura, engraçada e, principalmente, apaixonada, ao

longo de sua vida e de seus desencontros amorosos com Mark, o dono do sorriso mais lindo, que a

apresenta ao seu mundo. O que deveria, é claro, ser proibido por alguma lei sensata. Não devíamos ser

apresentadas a outro mundo, porque quando somos, podemos amá-lo. E Lana sabe bem disso!

Afinal, o primeiro amor também poderia ser o último?