Por: CÉLIA RIOS
Recordar é mesmo viver?
A eterna cidade de interior com seus constantes personagens, um breve desencontro definitivo nos embalos de sábado, as frágeis lembranças corroídas pela enfermidade, uma inesperada morte em família, o alegre amor que desperdiçamos em outra estrada...
MEMÓRIAS DE CRISTAL reúne em pequenos contos estórias comuns a todos, antes de serem devidamente abandonadas e substituídas por novas estórias.
Afinal, esquecer também faz parte da vida...
Urbana e interiorana, intimista e escandalosa, MEMÓRIAS DE CRISTAL abrange esse universo silencioso, oculto, porém sempre presente em todos nós: o passado.
Uma casa sem relógios, o tempo de sermos pais de nossos pais, um policial refém de seu trauma, o difícil passado que se deve apagar.
Em seu segundo livro, Célia Rios agora explora a fantasia dos contos como catarse fictícia de um cotidiano comum a todos.
"...Por mais que se esforçasse, não percebia nenhuma nesga de céu aberto sobre a cidade hoje. Parecia que um grande floco de espuma havia se desprendido das lamas tóxicas do Tietê e se escondido no céu da cidade, como se ali não fosse ficar em evidência maior ainda. Como se aquela nuvem também quisesse escapulir do efeito da metrópole sobre sua aparição, breve existência de espuma. E instalou-se ali, pendurado no céu, misturando–se com o cinza das ruas e - porque não? - das pessoas da manhã gelada..."
Livros com menos de 70 páginas são grampeados; livros com 70 ou mais páginas tem lombada quadrada; livros com 80 ou mais páginas tem texto na lombada.
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