Por: Gustave Le Bon
O problema da crença, às vezes confundido com o do conhecimento, é, no entanto, bem distinto. Saber e crer são coisas diferentes que não possuem a mesma gênese.
Das opiniões e das crenças derivam, com a concepção da vida, nossa conduta e, por consequência, a maior parte dos eventos da história. Elas são, como todos os fenômenos, regidas por certas leis, mas essas leis ainda não foram determinadas.
O domínio da crença sempre pareceu carregado de mistérios. É por isso que os livros sobre as origens da crença são tão pouco numerosos, enquanto que aqueles sobre o conhecimento são inumeráveis.
As raras tentativas feitas para elucidar o problema da crença bastam, aliás, para mostrar o quanto ele foi pouco compreendido. Aceitando a velha opinião de Descartes, os autores repetem que a crença é racional e voluntária. Um dos objetivos desta obra será precisamente mostrar que ela não é nem voluntária nem racional.
Livros com menos de 70 páginas são grampeados; livros com 70 ou mais páginas tem lombada quadrada; livros com 80 ou mais páginas tem texto na lombada.
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