Por: Gustave Le Bon
Na paz as divergências entre povos e entre classes de um mesmo povo existem igualmente, mas as necessidades da vida acabam por equilibrar os interesses contrários. O acordo, ou pelo menos um semiacordo, se estabelece.
Esse entendimento sempre precário não sobrevive às pro-fundas convulsões, como esses da grande guerra. O desequilíbrio substitui então o equilíbrio. Liberados das antigas amarras, os sen-timentos, as crenças, os interesses opostos renascem e se confron-tam com violência.
Para que as ameaças que parecem envolver o futuro sejam evitadas, é preciso estudar sem paixões e sem ilusões os problemas que surgem de todas as partes e as repercussões que elas estão carregadas. Tal é o objetivo da presente obra.
Este futuro, aliás, está sobretudo em nós mesmos e é tecido por nós mesmos. Não estando fixado como o passado, ele pode se transformar sob a ação de nossos esforços. O reparável do presente logo se torna o irreparável do futuro. A ação do acaso __ quer dizer, das causas ignoradas __ continua considerável na marcha do mundo, mas ele não impede jamais os povos de criar seu destino.
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