Por: Fernando José de Sousa

O policial Geraldo Magela, ferido com um tiro no ombro durante um confronto com assaltantes, está em recuperação no hospital Cruz Azul da Polícia Militar de São Paulo.

Enquanto ele tenta se lembrar dos detalhes da ocorrência, vislumbra a imagem de um menino de olhos negros, escondido embaixo de uma das barracas da feira, poucos instantes antes de desmaiar após ser baleado. Sem saber se aquela imagem foi sonho ou realidade, Magela começa a montar um verdadeiro quebra-cabeça.

Após intensas investigações feitas por conta própria. Magela descobre que a mulher de nome Waldirene, morta durante o confronto com os bandidos, estava acompanhada de seu filho pequeno; nenhum dos policiais que atenderam a ocorrência sabiam da existência desse menino ou de sua ligação com a vítima.

O policial Geraldo Magela consegue localizar a criança numa casa de abrigo do conselho tutelar e paulatinamente consegue ligá-la a ocorrência. Obstinado, Magela assume a árdua missão de localizar sua família e moverá céus e terra até conseguir entregar o menino nas mãos dos familiares.

A trama, com personagens fictícios, se desenvolve no ano de 1993 e foi inspirada em uma notícia real, publicada em um jornal, que descrevia uma história semelhante, onde dois policiais militares localizaram, a partir de investigações particulares, a família de uma criança encontrada perdida em uma feira de São Paulo, após a mãe ser morta acidentalmente numa troca de tiros entre policiais e assaltantes.