"A PAIXÃO NÃO MATA, MAS TRITURA PARA SEMPRE A ALMA"
Em meio ao pequeno grupo de garotas reunidas naquele pátio do colégio, onde riam e se divertiam com brincadeiras própria da idade (treze ou quatorze anos), havia uma que não percebia o quanto Mauricio a observava de longe e o quanto ele a admirava. Nunca em toda sua vida tinha visto tanta beleza em uma garota, o olhar dela era penetrante, seu sorriso largo e espontâneo, seus lábios rubros e carnudos, tudo nela era especial. Para ele era um anjo descido dos céus, seus gestos eram delicados, seu olhar perdia-se algumas vezes no infinito como se buscasse algo em meio do nada, essa era a Mariana. Mauricio não se atrevia aproximar dela como faria qualquer dos seus colegas, porque de certa forma ele era escravo do complexo e tímido demais para se declarar a qualquer garota que fosse, talvez porque a classe social lhe impôs esse preconceito sem sentido. Ele a observava sempre de longe sentindo leve tremor quando ela o olhava sorrindo, isso o enchia de orgulho e lhe dava certo prazer.
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