Por: Geraldo Spacassassi
Desde a mais remota antiguidade, os seres humanos se reuniam ao redor da fogueira e contavam suas lendas e contos, disseminando a sua cultura e seus costumes.
Não podemos esquecer que a escrita não havia sido criada, portanto, contar estórias era o único veículo de que dispunham para transmitir o conhecimento, tanto objetivando a conservação de suas tradições, como para a difusão de novas ideias.
Na misteriosa e enigmática Índia – terra cheia de encantos, desencantos, cores e odores e muitas estórias – a tradição da arte narrativa está por toda a parte.
Na Índia, país detentor de uma espiritualidade ou mística única, espalhada por aromas e pela sonoridade dos mantras, até mesmo os mais distraídos turistas percebem o quanto, nessa terra exótica e tradicional, os contos e lendas se evidenciam na coexistência entre o pensamento mágico e o mundo da ciência.
Um outro aspecto social e tradicional merece destaque. Na Índia, o encontro das pessoas mais velhas com as crianças e os jovens é muito importante; algo essencial para manter a harmonia e o equilíbrio da comunidade. A força desse encontro, sem dúvida, tem a ver com a disponibilidade das duas faixas etárias, que correm à margem do tempo dos adultos, que estão empenhados em ganhar a vida. Afinal, para o idoso e para as crianças, não há tempo passado nem futuro, apenas o presente.
“Quando morre um idoso, perde-se uma biblioteca”
Provérbio Indiano
Livros com menos de 70 páginas são grampeados; livros com 70 ou mais páginas tem lombada quadrada; livros com 80 ou mais páginas tem texto na lombada.
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