"O livro que o leitor tem nas mãos é (ou não é apenas) uma coletânea de Jorge Lucio de Campos cuja estreia, em 1990, revelou uma nova dicção na poesia brasileira. A tese que me empenharei de demonstrar aqui é de que este autor, mais do que simplesmente reunir a sua produção, construiu e desconstruiu a si mesmo. Enquanto um personagem criador de poesias, ele montou e desmontou o ato de sua própria produção. Belveder tem, como porta de entrada, o poema 'Tauromaquia'. Não se trata apenas do trabalho mais realizado. É também um intrincado exercício de referências (pictóricas) cruzadas. Quem acompanha a produção de Jorge Lucio sabe que isso não é novidade. A tendência à fanopeia, motivada pelas imagens que, afinal, fazem parte do cotidiano profissional de um autor também estudioso das artes plásticas, é, por isso, até certo ponto, uma decorrência natural". Com estas palavras, o poeta e professor Lucio Agra inicia a apresentação de Belveder, a segunda coletânea poética de Jorge Lucio de Campos publicada originalmente em 1994 e agora relançada pela Clube de Autores.
Livros com menos de 70 páginas são grampeados; livros com 70 ou mais páginas tem lombada quadrada; livros com 80 ou mais páginas tem texto na lombada.
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