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Por: Ferdimar Teves Arboello da Silva

Getúlio é um brasileiro trabalhador como qualquer outro. Apaixonado por futebol e flamenguista de coração, tem o gingado da terra correndo em suas veias e a música como mais forte expressão de seus sonhos e frustrações. Cada vez mais interessado e participante na vida política do país, Getúlio cresceu em um período de redemocratização da sociedade brasileira, após duas décadas de repressão política pela ditadura militar. Nascido no mesmo dia da promulgação da mais esplêndida Constituição Federal da história do Brasil, ele tem participado da luta diária do povo para tentar concretizar pelo menos alguns dos direitos fundamentais legitimados por ela. E Getúlio tem se saído relativamente bem. Casou-se com o amor de sua vida, tem um filho muito mais esperto do que ele e está sendo cada vez mais reconhecido no trabalho e na faculdade por sua disposição e esforço. Mas em um país em que a maioria da população vive simplesmente para sobreviver, a política é suja e apenas uma minoria de poderosos controla as engrenagens subterrâneas de nossa nação, a diferença entre bem e mal é tão tênue quanto o arremessar tremeluzente de uma moeda ao acaso. O que poderíamos nós, simples mortais, fazermos para mudar essa sorte?