Contos, poemas e crônicas: não nessa ordem, ou em ordem alguma.

Por: Rafael Porto

Simplesmente apaixonante! Rafael Porto nos lança à face um estilo moderno, cítrico e intenso, porém traz consigo nas entrelinhas uma pitada de nostalgia, nos transportando assim a uma renovação interessante à literatura tradicional. Fazendo com que contos e poemas venham ao encontro do leitor de forma quase abrupta, exigindo deste a necessidade de se aprofundar ou desviar do universo apresentado para não ser por ele tragado.

A intensidade do autor está presente em cada página, seguindo uma única e singela cartilha enquanto caçoa das regras da literatura e do mundo: “faça o leitor sentir”. Amor, sexo, aplicativos, jogo do desapego e até a morte se juntam ao conformismo por osmose desta futilidade encarcerada em uma nova consciência coletiva volátil que muda tão rápido quanto vídeos novos lançados na internet.

Ao leitor tenho apenas uma confissão, ao terminar esse exemplar de “O amor me matou de novo em pleno século XXI”, tenha a certeza que você também morrerá de amores algumas vezes até a última página.