Por: Gabo Tamoateiro
Um jovem aspirante a músico. Uma dívida impagável. A culpa. As comezinhas vicissitudes de um subúrbio litorâneo e a partida para um grande centro urbano. Em seu romance de estreia, Gabo Tamoateiro evoca tais contornos típicos de um prosaísmo heroico precisamente para ressignificar a passagem à vida adulta. Fugidio entre oralidade crua e lirismo furta-cor – errático, ora poético, ora esquizoide – compõe um relato enxuto do soterramento. Da obscuridade intersticial das ruínas. Do peso ininteligível da escassez. Do não dito. ‘Labaredas em dó, Afasímodo’ é a deformidade do cárcere masculino. É a denúncia do silêncio a partir do fazer-se inaudível.
Livros com menos de 70 páginas são grampeados; livros com 70 ou mais páginas tem lombada quadrada; livros com 80 ou mais páginas tem texto na lombada.
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