O discurso médico-higienista sobre a mulher, a criança e as doenças do sexo, 1890-1940
Por: Jorge Barcellos
Este é a primeira pesquisa realizada sobre análise do discurso médico no Rio Grande do Sul. Produto de um trabalho de conclusão do curso de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul realizado em 1988, a pesquisa foi orientada pela Dra. Sandra Jatahy Pesavento (in memorian) e analisa as teses dos médicos formados pela Faculdade de Medicina entre os anos 1890 e 1940. O estudo mostra a atuação da classe médica na construção de valores de reforço da ordem capitalista enquanto descreve a associação entre uma classe não dominante com classes sociais detentoras do capital através da reprodução e disseminação de suas ideologias para a sociedade. Seu autor descreve a criação do discurso médico-higienista em Porto Alegre através da disseminação de concepções morais de relacionamento entre os sexos, valores com relação à família, criação das crianças e das práticas sexuais na sociedade sul-rio-grandense que reforçam as condições da dominação social extramuros das fábricas. Estudo seminal para todos os pesquisadores que estudam o discurso médico como lugar de exercício de poder, a trama de conceitos de moralidade no nascimento do capitalismo gaúcho, é obra de referência no campo de análise do discurso médico e caminhos da construção de valores morais na passagem do século XIX para XX.
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