Por: Maria Moura dos Santos; Marcos Andrade Alves dos Santos
A estória de Maria Toinha e seu pertencimento aos Encantados são o mote para narrativas envolventes que resgatam a mística do antigamente. Maria Toinha é uma mulher negra, pobre e nordestina sobrevivente de realidades empobrecidas, nas quais a sua condição precária é transfigurada a partir da magia, do encantamento e da sua mediunidade. Seu pertencimento aos Orixás e seus segredos a empurram em jornadas de descobrimentos, de sofrimentos e de aceitação de seu destino como médium.
O caminho se coloca como o destino. Seguir, portanto, numa caminhada pelos lugares acometidos de coisas ruins, fazendo trabalhos para que o bem floresça e vença o mal é o destino de Maria. É por isso que sua estória é comprometida com as estórias de muitos outros seres desimportantes que ela conheceu pelo mundo. Sua desimaginação é feita de verdades que não existem a não ser para aqueles que enxergam mais profundamente pelas fronteiras dos mundos.
Nesse enredo, os Encantados são as entidades que mediam o contato com o sobrenatural, o místico, o antigo, o profundo... e cabe a Maria Toinha abrir os caminhos para que esses segredos poéticos continuem a ventilar o mundo enfraquecido pelos vermes da pressa e do consumismo.
Livros com menos de 70 páginas são grampeados; livros com 70 ou mais páginas tem lombada quadrada; livros com 80 ou mais páginas tem texto na lombada.
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