Por: André Martellotta
Chegando ao final da segunda década do séc. XXI, o ser humano encontra-se mais uma vez cercado por dilemas. Eles fazem parte da condição humana desde que o primeiro homem se entendeu como tal. São consequências naturais daquilo que chamamos de “consciência”.
Porém, é plausível dizer que os dilemas atuais sejam mais complexos do que qualquer outro que o ser humano já tenha se deparado no decorrer de sua história, impulsionados principalmente pela tecnologia que avança a níveis inimagináveis e que podem colocar a própria condição humana em cheque. Ou, dependendo do ponto de vista, salvá-la (eis mais um dilema). São muitos os contrastes que abastecem esses dilemas, mas podemos citar alguns: escassez dos recursos naturais x desenvolvimento econômico, globalização x identidades regionais, Direita x Esquerda (antigo, mas ainda muito presente), poucos bilionários x muitos miseráveis, entre tantos outros.
Ao mesmo tempo, o capitalismo avança e com ele a sua lógica de consumismo desenfreado, que nada mais é do que uma ferramenta para se retroalimentar.
Será o turismo, aliado à sustentabilidade, capaz de se tornar um componente importante, que imponha uma reação ao ímpeto destrutivo do capitalismo, a fim de evoluirmos para uma sociedade mais justa? Este texto pretende colocar luz nesse tema, tomando por base a crise causada pela Covid-19 que, ao que tudo indica, vai transformar o mundo e, por consequência, o turismo. Aproveitando também a realização do Fórum Econômico Mundial de Davos, que completa 50 Anos em 2020 e tratou exatamente da evolução do capitalismo. Compreendendo o turismo e a sustentabilidade como “molas propulsoras”, eles poderão ser capazes de cocriarem a lógica que irá prevalecer nas sociedades do futuro.
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