das origens ao combate ao coronavírus
Por: Jorge Barcellos
A partir de suas recordações de infância e adolescência com clássicos como Perdidos no Espaço à Guerra nas Estrelas, Barcellos tinha como obsessão percorrer a história americana. Sua pergunta: como os Estados Unidos chegaram a posição de dominarem a indústria cultural ditando os signos da narrativa contemporânea da era do streaming e da Netflix? Para isso, o autor de “Estados Unidos: das origens ao combate ao coronavírus” repassa quatro séculos de história para chegar a um retrato da condição contemporânea americana: ser estrangeiro no próprio país. Na linha inaugurada por Nelson Brissac Peixoto em Cenários em Ruinas (Brasiliense, 1987) Barcellos vê os Estados Unidos como o primeiro país a tratar tudo como imagerie, transformando sua história em personagens de cinema. Num mundo saturado pela mídia, fundaram uma mitologia pop a partir da sua história cujo objetivo era criar uma identidade a um lugar. Narrando a experiência americana da colonização à independência, e desta, às consequências da industrialização à política internacional, o autor aponta pequenos detalhes que foram essenciais nesta história. E vê, na história americana recente, o papel que Nova Iorque teve na construção desse imaginário, estabelecendo seus momentos chaves no ataque às Twin Towers e combate ao coronavírus para chegar a conclusão que a conquista da hegemonia cultural aconteceu porque os EUA, melhor do que outro povos, souberam traduzir o tema do exilio interno em sua cultura.
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