Por: Luvumbo Manuel Quionza

Um poeta angolano entre os gaúchos é um livro que temos a maior alegria em ler, pois seus poemas são carregados de humanidade, mural pintado com as cores vivas dos homens de boa vontade. E ninguém melhor do que o poeta é capaz de armar-se de sonhos e cruzar fronteiras com as armas do verso e da sensibilidade.

Por isso a dupla alegria da leitura destes marcantes 48 poemas. É o poderoso passaporte que nos apresenta o poeta Luvumbo Manuel Quionza – angolano de nascimento e senhor do mundo, por sua coragem de cruzar continentes em busca de novas pátrias que o acolhessem como homem e artista da palavra. Sobretudo um trabalhador do braço forte e decidido.

Eis um dos muitos bens que o Brasil promove: acolher estrangeiros como quem acolhe um filho novo, aumentando a família. Mais do que fronteiras a serem apagadas, há um único planeta, que a todos deve servir e receber.

O poeta nunca será um estrangeiro, sobretudo por sentir-se em casa, porque o mundo é um só, e de todos, sem distinções. Em Luanda ou em São Gabriel, o verso é sempre um desbravador poderoso. Acima dos idiomas e acima das discriminações.

Quem escreve com tanta simplicidade, melhor comunica aos quatro cantos a sua canção de louvor à vida. Por ser ele próprio, Luvumbo Manuel, o melhor exemplo de cada um de seus poemas.

Rossyr Berny - editor