UMA AVENTURA ESPIRITUAL

Por: Elane Queiroz

CAPÍTULO – 1

– ALEX –

Alex e sua família moram numa casa modesta deixada pelo pai nos arredores da cidade, próxima a Control Science, empresa onde ele trabalha desde que se formou em Engenharia de Informática.

Mary, sua mãe criou sozinha os filhos desde a morte de seu marido Paul Visk. A família que antes tinha uma condição econômica confortável, atualmente e tem um padrão de vida bem mais difícil. Ela trabalhou na Control Science até que o filho se formasse e pudesse trabalhar na mesma empresa.

Kate a irmã mais nova de Alex, hoje inicia seu primeiro dia de aula, no ensino médio e está bastante ansiosa como qualquer outra menina de sua idade; e não deseja chegar atrasada, pois precisa encontrar as amigas, antes do início das aulas.

Havia se tornado uma linda adolescente e como tal cheia de expectativas para o futuro. Não era mais aquela garotinha insegura que perdera o pai muito cedo. Pouca coisa lembrava da morte do pai e a maioria do que sabe é através de sua mãe.

Mary apesar do sofrimento, diante a perda do marido, criou os filhos pequenos com disposição, fé e coragem e teve como prioridade criar os filhos no temor do Senhor Jesus por entender que, coloca-los no centro da vontade de Deus os ajudaria enfrentar os desafios que a vida lhes pode apresentar.

“Entrega teu caminho ao Senhor confia nele e o mais Ele fará”. (Salmos 37:5)

Quando seu esposo morreu, Mary procurou obter informações mais detalhadas sobre o acidente na Control Science, sobre a morte de seu esposo e como seguiam as investigações que se arrastaram a meses, optou por cuidar dos filhos, deixando abandonando o caso.

Na Igreja, onde a família se congrega, Mary sempre contou com o apoio dos irmãos, principalmente, do pastor Félipi e de Melissa sua esposa.

Graças à sua fé e vida em comunhão com Deus e com os irmãos, teve forças para vencer os obstáculos de trabalhar e educar os filhos ao mesmo tempo, sem perder a alegria de viver um dia após dia.

Paul Visk, o pai de Alex e Kate era um dos cientistas que compunham os quadros da Control Science, em pesquisas médico-cientista. Havia bastante entusiasmado com os resultados de sua pesquisa no combate a um tipo de vírus que vinha dizimando vidas em todo mundo.

Ele morreu quando de uma explosão no laboratório onde trabalhava no seu projeto, quando desenvolvia seus estudos e trabalhos científicos, desaparecidos por ocasião do acidente.

A morte dele deixou muitas dúvidas, principalmente, de Alex que por diversas vezes pensou em reabrir o caso, mas desistiu por não querer criar uma situação difícil no seu trabalho e com seus patrões, os proprietários da Control Science Peter e Kall Cobix.

“É o Senhor que dá sabedoria, a sabedoria vem Dele”. (Provérbios 2:6)

Muito embora algumas coisas relativas a morte de Paul precisem ser elucidadas para que todos saibam o que realmente ocorreu naquele dia, aquele ainda não era o melhor momento de Deus.

Mary não sabia muita coisa sobre os projetos de seu esposo, à época, mas sabia que ele havia feito muitos avanços e estava bastante entusiasmado com eles e sabia que Paul estava muito próximo da conclusão de tudo. Por se tratar de um projeto sigiloso da empresa, Paul não podia fala sobre nada do que era desenvolvido fora do laboratório da empresa.

Alguns de seus amigos que também trabalhavam na Control Science, à época, estranharam os acontecimentos que levaram à explosão no laboratório. Portanto, era do conhecimento de todos que ele tinha cuidado extremo com a segurança.

Peter e Kall Cobix eram os proprietários da Control Science, à época do acidente, e ainda continuam sendo. No período da morte de Paul os irmãos Peter e Kall se limitaram a lamentar o ocorrido, mas não apoiaram devidamente a família de seu funcionário mais destacado para indignação de muitos, inclusive do pastor Felipi que acompanhava tudo muito de perto.

O projeto revolucionário de Paul era o carro chefe em pesquisas na empresa, pois, isso era de conhecimento de todos. E sabiam inclusive da proximidade entre o cientista e seus patrões e das inúmeras reuniões entre eles.

Portanto, esperava-se mais apoio à família por parte dos proprietários. Algo no mínimo muito estranho estava havendo no comportamento de Peter e Kall.

Como filhos de Deus, Alex e sua família, aguardariam em Deus que Sua justiça se fizesse sobre as suas vidas. Mesmo com a ausência de um pai e chefe de família Deus os havia sustentado e protegido até aquele momento de suas vidas.

“Não te indignes por causa das más pessoas; nem tenhas inveja dos que praticam a injustiça”. (Provérbios 37:1)