Por: Érica Patricia Barros de Assunção
Durante o estágio criativo, o autor se encontra num processo complexo de escrita que requer um confronto e conciliação entre as duas formas de existências, a do autor e a da obra. O paradoxo existencial do discurso literário apoia-se na indefinição do lugar do autor que se encontra em um ponto indeterminado entre os perímetros da produção literária ficcional e de um território fixo na sociedade. É sobre esse fenômeno, denominado de Paratopia pela Análise do Discurso Literário, que esta obra se debruça, buscando analisar como a localização às margens, do autor piauiense Abdias Neves, interfere na sua produção; como se estabelecem essas relações paratópicas em seu discurso literário e como tais relações estão imbricadas na construção dos ethé do autor na obra "Um manicaca", cuja primeira edição foi publicada em 1909.
Livros com menos de 70 páginas são grampeados; livros com 70 ou mais páginas tem lombada quadrada; livros com 80 ou mais páginas tem texto na lombada.
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