Volume I - Da Suméria ao Egito
Por: Arthur Peckeris
Aprendizes do medo é um romance histórico que mistura personagens reais, de antigas dinastias egípcias e mesopotâmicas, com outros, fictícios. Estes, os fictíceos, são os que vão dominar todas as duas partes do livro, que é narrado por um escriba sumério, chamado Hori, nome egípcio que significa o protegido de Horus. Assim como seu nome, também sua progênie está envolvida em mistérios que só são descobertos quando ele é adulto.
Esse mesmo personagem, no começo da juventude, vê sua vida transformada por Methus, também adolescente, que está ligado a uma seita de adoradores de Moloc, deus sumério que exigia sacrifícios humanos.
Acusado de crimes dos quais é inocente, Hori se vê obrigado a fugir para o Egito, onde acompanha as reformas religiosas, culturais e políticas propostas por Amenofis IV, e assiste, impotente, ao crescimento paralelo do poder de religiosos e militares, como o do general Paatonemheb, que um dia governaria o Egito com o nome de Horenheb Meriamon, e que deixaria, como herdeiro, seu filho Ramsés.
Aprendizes do medo é uma história onde, além de política e religião, também se confrontam aspectos culturais, morais e sociais, com nítido destaque para as preferências homossexuais de Methus, que se torna líder da seita de Moloc e amigo de Horemheb.
Há também Yossi, jovem espiritualmente perfeito, que desde a infância se liga a Hori para acompanhá-lo e protege-lo em todas as turbulentas vicissitudes que levam Hori, fugido da Suméria, para o Egito, e que o traz, também foragido, de volta a Suméria.
Methus, graças a sua personalidade dúbia, a cada momento se torna um importante personagem, dominando todas as intrigas do texto, visto que sua rede de espiões o torna onipresente e poderoso, sem entretanto deixar de aparentar ser meiga criança.
Os aprendizes do medo, portanto, são todos aqueles sectários que estão submissos ao Mehtus, que a todos domina pela força e pelo temor, ao mesmo tempo em que os acaricia, com toda a sinceridade da qual consegue dispor.
Livros com menos de 70 páginas são grampeados; livros com 70 ou mais páginas tem lombada quadrada; livros com 80 ou mais páginas tem texto na lombada.
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