Por: ADEILSON NOGUEIRA
Quando, no ano de 1523, o conquistador do império asteca, Hernán Cortez, enviou seu oficial Pedro de Alvarado e um contingente de seiscentos homens para o território que hoje constitui a Guatemala, os nativos opuseram feroz resistência aos invasores, graças ao férreo comando de seu chefe Tecún Umán.
Na batalha decisiva, diz a lenda que Alvarado lutou corpo a corpo contra o brioso indígena, e já estava prestes a abatê-lo quando um pássaro verde, de beleza incomum, desceu como um lampejo sobre os combatentes, procurando atingir o espanhol com golpes de asa e afiadas garras.
Entretanto, o esforço do nobre animal não conseguiu mudar o destino do bravo Tecún Umán, que tombaria traspassado pela espada do conquistador.
Cheia de dor, a ave pousou sobre os ferimentos do guerreiro moribundo, procurando reanimá-lo e fazê-lo retornar ao combate. Era tarde, porém.
Tecún Umán já estava morrendo e, com ele, morria, também, a liberdade de um povo.
Desde então, prossegue a lenda, este pássaro, que possuía um canto de beleza incomparável, emudeceu em sinal de luto pela liberdade perdida.
Nunca mais cantou e só voltará a fazê-lo quando os nativos guatemaltecos conseguirem expulsar os europeus de sua pátria.
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