Por: A. Zarfeg
A primeira edição de Água Preta (Asbrapa, 1991) trazia os poemas feitos por A. Zarfeg no final dos anos 80. Eram poemas iniciais e imperfeitos, nos quais o poeta ainda não dominava a linguagem nem a temática.
A justificativa para o excesso de crítica social, presente naquela 1ª edição, precisa ser creditada aos anos pós-ditadura militar e, também, à insatisfação collorida. A poesia zarfeguiana padecia dos excessos libertários recém-conquistados.
A segunda edição (Scortecci, 2007), revista e ampliada, trouxe muitas novidades, a começar pelo mea-culpa em que o poeta revelou ter renegado, em algum momento, os poemas “imaturos e mal acabados” de Água Preta.
Esta terceira edição (Agbook, 2011) dá seguimento à anterior na medida em que a enriquece estilística e tematicamente. O leitor vai perceber que, além de criador fazer as pazes com criatura, Itanhém continua sendo homenageada “com suas águas pretas, pedras ocas e paixões superlativas”.
Livros com menos de 70 páginas são grampeados; livros com 70 ou mais páginas tem lombada quadrada; livros com 80 ou mais páginas tem texto na lombada.
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