Do jeito que está, a biografia do grande Mário tem, digamos, uma constrangedora mancha, um inacreditável paradoxo.
Comunista convicto, brilhante compositor de muitas parcerias - sendo aquela com o elegante Ataulfo Alves a que nos legou o dado biográfico objeto destas reflexões, a música “Amélia”, apresentada assim:“...a descrição da mulher idealizada que ficou tão famosa que o nome “Amélia” tornou-se sinônimo de mulher submissa, resignada e dedicada às prendas domésticas...”.
Francamente... isso lá é coisa que combine com a biografia de Mário Lago,o intelectual e artista Comunista, progressista, militante pelos direitos de igualdade, pelo combate às discriminações de qualquer natureza, filho espiritual da nação pioneira na atribuição de condições de igualdade às mulheres...?
Então, já que estamos todos de acordo, proponho: reescrevam-se os fatos; elabore-se uma boa versão, que, conforme defendem os entendidos, é melhor que incômodos fatos.
Ei-la, então, a nossa heroína, mulher com todos os requisitos para ser a mulher-símbolo do mais furibundo feminismo; mulher independente, livre; mulher de coragem, guerreira, guerrilheira que vai à luta por suas idéias e ideais; mulher que nas batalhas endurece...pero, sin perder la ternura jamás nos momentos de merecido repouso...ao lado, em cima ou embaixo de Mário – com ou sem lago por perto...
Seu nome? Não importa, porque todos ali têm um codinome, e o seu é...”Amélia...”
Número de páginas | 49 |
Edição | 1 (2011) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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