Eu descobri que não superei a depressão. Eu só tinha me convencido de que havia superado mas não é verdade. Enquanto ando pelo mar de gente desta cidade, eu me dou conta que às vezes minha mente viaja e volta de novo para a dor. Às vezes ela tenta ficar presa ao momento presente, sem dor, sem desespero, mas dói do mesmo jeito. E quase sempre acaba voltando ao passado. Às vezes tento viajar para o futuro mas ele parece sombrio, escuro, como se eu estivesse dirigindo um carro sob uma forte névoa e não percebesse nada do que vem a frente. Então eu bati, bati de novo nela... Na Depressão.
E não é possível viver em paz consigo mesmo só porque você abandonou a reflexão ou porque decidiu se alienar. A virtude reside na capacidade de pensar, de estabelecer as diferenças entre as ações. Esta virtude encontrei quando finalmente descobri que não posso julgar David, meu algoz, sob a esfera moral ou legal. Ninguém é culpado ou inocente. O que se faz com a dor da depressão fala muito mais sobre quem a sofre do que quem a motivou... Por isto, o ponto final desta história é: o retorno da Depressão e a necessidade de auto perdão e de perdoar.
Número de páginas | 138 |
Edição | 1 (2019) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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