
Em uma época em que sensibilidade e a empatia não são apenas possibilidades, mas sim uma necessidade, a obra “Experienciar: construindo saberes” apresenta-se no contexto educacional com pesquisas inéditas e/ou originárias de Pós-Graduação stricto sensu que priorizam conhecimentos e investigações heterogêneas alicerçadas em diversos campos do saber cujo objetivo perpassa a ciência e preocupa-se em ser um espaço de discussão, reflexão crítica e refrigério para a construção de sentidos em torno das diversas áreas do conhecimento.
Composta por três segmentos macros, em princípio, na parte intitulada “Contexturas Literárias”, esta obra traz três capítulos voltados às reflexões e construção de sentidos acerca de obras de expressão matogrossense e rondoniense. Assim, os capítulos discutem temas que perpassam o universo juvenil e suas relações sociais, a identidade e a representação do ser enquanto sujeito, bem como as condições de produção em que as obras foram desenvolvidas, seja no estado de Mato Grosso ou Rondônia. Eis que “Contexturas literárias é constituída como um amálgama imagética entre o real e o ficcional em que os limites entre a prosa e a poesia existem apenas como estudo e análise, pois se aproximam, se imbricam enquanto arte.
A segunda parte da obra, intitulada “Experiência em foco” traz três relatos de experiências desenvolvidas em sala de aula. Expõe práxis educacionais em que o estudante vivencia o ambiente escolar como protagonista da própria aprendizagem em atividades presenciais e/ou on-line, mas que provocam o aluno a interagir e/ou questionar seu meio sócio-histórico.
Esse segundo momento explora ferramentas interacionais e tecnológicas para possibilitar ao estudante construir, constituir e reconhecer a própria cognição seja buscando possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem interdisciplinar em período pandêmico, seja leitura e produção literária com o auxílio de ferramentas tecnológicas no modo presencial, evidenciando o desafio do “como” praticar a leitura e a produção como prazer experiencial e contextualizado ao local em que se vive. Ou, ainda, explorando a aplicabilidade das ferramentas digitais em sala de aula virtual, expondo as dificuldades e aprendizagem vivenciada por alunos e professores em período pandêmico.
O terceiro segmento desta obra possui dez capítulos e intitula-se “Prismas da educação”. Apresenta capítulos que abordam as diferentes áreas do conhecimento como uma espécie de caleidoscópio. As primeiras discussões abordam uma crítica a respeito da importância da ciência e do ensino da filosofia para a sociedade e para a formação da criticidade do sujeito. O segmento traz também uma reflexão sobre a recepção de obras literárias observando a sua capacidade de quebrar o horizonte de expectativa do leitor juvenil. Já o quarto e o quinto capítulos do segmento trazem pesquisas que se propuseram a identificar, por meio de pesquisas quali e quantitativas, os principais desafios enfrentados pela comunidade escolar em relação às aulas remotas e/ou à educação financeira no ambiente educacional.
A terceira parte de “Experienciar: construindo saberes” é composta ainda por estudos que discutem o papel da disciplina de Artes Visuais no Ensino Básico das escolas públicas e particulares, bem como o trabalho do professor e o problema da ausência de mais salas para as atividades práticas das aulas. Ainda no sentido de direitos exigidos, há uma discussão sobre a busca dos povos nativos pelo direito à escola indígena, a visão que os indígenas têm sobre a própria presença nas escolas, o preconceito imposto pela sociedade não indígena e a essencialidade de uma escola indígena reivindicada, almejada e inserida nas necessidades universais de um povo que se apropria, se fortalece, produz saberes e conhecimentos como ser social e histórico.
O oitavo capítulo desta parte da obra traz reflexões acerca das concepções de professores de Ciências e Biologia em formação inicial e continuada a despeito de uma abordagem didática que é tendência nas discussões sobre a educação em Ciências no contexto atual: o ensino de Ciências por investigação. O nono capítulo discute sobre o lugar planejado para efetivar a fronteira Oeste da Capitania de Mato Grosso e Cuiabá, no século XVIII, e apresenta, ao mesmo tempo, uma investigação sobre como o estudo das imagens contribuem para o ensino de História. Por fim, o último capítulo da obra evidencia a relevância do processo educativo na formação individual e cidadã dos discentes, enquanto analisa o “Projeto de Vida” como ponto integrador de conexão e construção de significado entre educação escolar e vivência cotidiana dos estudantes.
Muito mais que pesquisa, acervo de reflexão científica e aporte teórico, esperamos que esta obra se torne para os leitores, sejam eles professores ou não, uma forma de experienciar o saber por meio da leitura. “Experienciar: construindo saberes” resgata e ressignifica o universo crítico-científico e suas nuances de forma transversal, inter, trans e multidisciplinar em uma obra que busca produzir efeitos e sentidos no leitor, mas também propõe um novo olhar sobre a educação. Sob esse viés de leitura, pesquisa e ressignificação de sentidos, convidamos à leitura dos 16 capítulos dessa obra que se expande, se amplia desde a construção de conceitos, à experiência, ao deleite, à representação do sujeito pesquisador e à voz do sujeito – professor.
Boa leitura!
Os autores.
ISBN | 978-65-89761-19-8 |
Número de páginas | 412 |
Edição | 1 (2021) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Polen |
Idioma | Português |
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