Fui eu quem faltou. Eu te disse que o amanhã seria de nós dois. Mas, na realidade, fugi, afastei-me, deixei-te só. E, hoje, quando o amanhã de ontem chegou, tu te vês de mãos e alma vazias. Tens direito ao amanhã que te neguei. É, pois, justo que brades, para que chegue aos meus ouvidos, que devo devolver-te o teu amanhã. Pode, também, dar-se que o protesto, a queixa, a lamentação sejam sociais, de todo um grupo, de toda uma comunidade.
Por exemplo, de toda uma geração, a geração do futuro, a geração do amanhã, quando o amanhã chegar. Então, ela interpelará a geração anterior, - a nossa – já tendo passado, ou em vias de passar, e o fará em termos enérgicos, com a execração do brado pessoal ou com a condenação da História...
Onde está o amanhã que terias a obrigação de transmitir-me, tu geração maldita?
Número de páginas | 67 |
Edição | 1 (2010) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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