Bio: Primeiro: “muito prazer” de cu é rola.
Sim sou egoísta, chato e arrogante. Não que eu tenha motivos para isso. Na verdade é tudo sem propósito. Não costumo ter o que oferecer para as pessoas.
E também não sou modelo de dentista, então poucas vezes mostro meus dentes. Sorrisinhos falsos nunca foram meu forte. Se eu gosto, gosto. Ponto.
Vocês não vão gostar de mim agora, e provavelmente, não irão gostar de mim ao terminar esse texto.
Tenho absoluta certeza de que estão, ou em breve estarão pensando: “Quem esse imbecil pensa que é pra falar assim?”. Ou então “O cara é um merda, mora numa cidadezinha do interior, nunca apareceu na TV, nem fez faculdade, nem nada”. E, como já ouvi por aí, com certeza vocês dirão uns aos outros: “Não basta escrever para ser escritor”.
Ok. Os que assim pensam estão com toda a razão. Dou-lhes todas as razões do mundo. E por favor, retirem-se da página porque, de certezas burras e imutáveis, o mundo tá cheio e aqui o espaço é pequeno demais para elas.
O “Aqui”, não esse site, essa página, o “Aqui” é o momento em que eu estou realizando algo. É o momento em que vocês estão fazendo parte de algo sendo realizado. É o momento construção; e se isso não for interessante o suficiente, ou até mesmo um motivo para continuarmos respirando. Por favor, por favor mesmo, retire-se e volte para sua vida normal.
Aos que ficaram outro recado: O pessoal que saiu de fato tem razão. Eu não sou ninguém. Não sou nada e provavelmente nunca serei. Como eu digo e repito sempre todos os dias quando abro o olho (seja em minha cama ou na cama de alguma estranha): “Não foi dessa vez. Mas com certeza morrerei bêbado, sem dinheiro e sozinho.”
Outro motivo pelo qual as pessoas não gostam muito de mim, ou tem um prejulgamento (nem sempre errôneo) da minha pessoa: sempre que posso estou bêbado. Entendam o “sempre que posso” como “quando tenho dinheiro”. E às vezes, mesmo sem dinheiro ainda bebo. E bebo muito.
Sempre tem um brother louco o suficiente pra sair comigo e me pagar o que for alcoólico pra gente ter aquela conversa filosófica, política, familiar e/ou falar nada com nada. Quando não, encontro uma maluca do mesmo tipo. E geralmente (com a maluca) a noite acaba na cama. A não ser que exista um motivo MUITO bom pra isso não acontecer. Veja bem, mesmo bêbado, sem dinheiro e sozinho, ainda tenho uma coisinha que poucas pessoas conseguem seguir: princípios.
Demorei anos para aprender que não se trai os próprios princípios. E descobri tão rápido e inesperadamente quanto um tapa na cara como é difícil manter-se em seu caminho.
Gosto que as pessoas falem sobre mim, bem ou mal. Só, por favor, não fiquem no meio termo. Não digam: “legal”.
“Legal” é pão com manteiga.
Tenha uma opinião, porque eu, com certeza, terei uma sobre você. E, geralmente, minhas opiniões são péssimas. Ainda mais com quem eu não conheço.
Se você é um ser humano eu presumo que você seja, como eu, filho da puta por natureza, que sorri e aperta mãos por interesse. Somos um tipo de criatura que só consegue fazer bem a outra se fizermos muito, muito, mas muito esforço mesmo. Ou se tivermos algo em troca.
O que ouço as pessoas falarem sobre mim é que tenho um emprego bom que me paga bem e que gasto toda a minha grana em bebida. O terceiro item pode até ter um fundo de verdade, mas não é bem por aí.
Dizem que sou aquele tipo de garoto “criado com a avó” a leite com pera e toddynho no café da manhã. Croissant no café da tarde e batata amassada e franguinho desfiado dado na boca com colher na hora do almoço.
Quanto a isso eu tenho apenas uma resposta: vão se foder, por favor.
Eu sei os sacrifícios que tive de fazer, pelos meus pais, pelos meus irmãos, meus amigos e principalmente por mim mesmo.
Eu sou chato. Sim, sou chatíssimo. É extremamente difícil conviver comigo porque, se eu não faço nenhuma cagada no momento em que te conheço, eu faço no decorrer de nossa amizade. Assim como todo mundo faz. E as minhas cagadas são grandes. E claro, como eu, as pessoas também fazem merda pra mim, a diferença, a crucial diferença, é que eu não me importo.
As pessoas se levam a sério demais. Gente que nunca fez merda nenhuma a vida toda, gente que vive dizendo que é melhor que os outros, seja por possuir dinheiro, fama, cultura ou qualquer coisa que alguns imbecis valorizam.
Todos somos corpos em decomposição. É isso que ninguém entende. Essas pessoinhas que vivem dentro delas mesmas dizendo: “Que absurdo! Fulano fez isso, Ciclano fez aquilo outro, a Mariquinha dá pra todo mundo”.
Gentinha que queria estar fazendo a mesma coisa e não tem coragem, não tem liberdade e não tem força pra realizar nada.
Pra existir nesse mundo, camarada, tem que ter uma coisa, uma única coisa na cabeça, no coração ou na fé: vontade e amor.
Seja amor fraternal, familiar ou, o meu preferido, sexual.
E sexo, é bom pra caralho.
Ninguém pode negar e ninguém consegue fugir, seja do assunto ou da prática.
Todo mundo faz, todo mundo pensa, todo mundo vive, todo mundo está vivo, todo mundo fantasia. TODOS. E não. Não é “radical da minha parte” generalizar. A vida como ela é só é possível por isso.
Porque o ser humano tem vontades, desejos, fantasias e porque o ser humano faz sexo. Por procriação ou por diversão, por respeito ou por vontade de esvaziar a cabeça. Liberar hormônios. Por status ou fama, por compromisso, por obrigação. Por objetos de prazer, por objetivos de carreira, por drogas. Por humilhação. Por pura e simples vontade de foder.
Vocês podem dizer depois disso tudo, que eu falei besteira esse tempo todo. Podem dizer que defequei no ouvido de todos e que não devo ser levado a sério em nada do que escrevi. Podem me levar a sério, podem me proclamar messias. Podem até atirar em mim.
Só não esqueçam: assim como vocês, eu sou humano e espero que assim como eu, vocês também sejam.
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