Por: José Luiz Bello
Alguns autores são mestres em Máximas (que alguns, mais eruditos, preferem chamar de aforismos). Rebuscando pela memória vem-me à mente o, até hoje, inigualável e formidável D. Rossé Cavaca e o seu livro "Um Riso em Decúbito" ("No oitavo dia de jornada o camelo riu como gente, mas conseguiu manter a sua dignidade."); Stanislaw Ponte Preta e o seu "Máximas de Tia Zulmira" ("O marido enganado é um homem que se engana a respeito da mulher que o engana."); Barão de Itararé ("Quem empresta, adeus..."); Millor Fernandes ("Não é nada, não é nada... não é nada.") e, recentemente, Aldir Blac e o seu "Guimbas" ("Informado sobre a vitória do candidato democrata Obama em várias convenções, o suposto líder da KKK no Texas, Adolf Pass O'Rhodo, declarou: Nós, da KKK, não temos nada contra um primeiro presidente negro nos EUA. Muito pelo contrário. O contraste com a Casa Branca dá um ótimo alvo!"). Ainda tem os aforismos de Nietzsche, que ele chama também de "dardos": "O homem é a ponte entre o animal e o além-homem."
Interessante nesses autores é que todos, com exceção de Aldir Blanc e Nietzsche, eram jornalistas famosos. Eu não sou jornalista e não sou famoso. Como Nietzsche, sou professor universitário e louco. Espero também estar entre os "certos homens" que "nascem póstumos", ganhando dinheiro antes de ser póstumo e sendo imortalizado depois de morto, sem precisar entrar para a Academia Brasileira de Letras.
No meu caso, o mais grave é que eu não tenho livro publicado por uma grande editora, porque não tenho editora que me banque e não tenho dinheiro próprio para me bancar. Eu poderia pedir um empréstimo a um banco, mas, parodiando o Barão de Itararé, "quando o banco empresta..., adeus.". Então divulgo as minhas Mínimas através desta editora, que é gratuita, mas não é barata.
Quanto ao título eu ia dar Máximas do Zé Bello. No entanto eu já sei que a crítica é atroz e ia dizer que eu nem publiquei nada e já estou querendo estar à altura dos autores citados acima. Então, resolvi chamar de Mínimas do Zé Bello.
Livros com menos de 70 páginas são grampeados; livros com 70 ou mais páginas tem lombada quadrada; livros com 80 ou mais páginas tem texto na lombada.
Deixe seu comentário: