Tudo em Nome da Juquira I conta uma história de amor. Embalada na grandeza e na simplicidade do caboclo brasileiro; na esperteza e na lambança do político brasileiro; nas falcatruas e nos absurdos dos homens poderosos que se denominavam coronéis, neste Brasil que você acredita que conhece. Não conhece. O Brasil desta lindíssima história de amor Tudo em Nome da Juquira I, é um país desconhecido para muitos. Mostra, como se mostrasse fraturas expostas: coisas, costumes e hábitos. O coronelismo desarraigado e as duas bandas do movimento dos sem-terra, a banda boa e a banda podre. Ambas, são tão complexas, tão revestidas de casulos, que é quase impossível perceber os riscos que elas representam.
O Thomaz morava em São Paulo e respirava o ar poluído misturado com política, até o momento em que os seus partidários o traíram; e ele teve que fugir da cidade para não ser preso. Na fuga, o Thomaz pretendia ficar longe de São Paulo, experimentou uma ligeira preferência pelo Norte e Nordeste do país, mas não foi feliz com a escolha. O ônibus em que viajava foi assaltado na estrada. Thomaz foi seqüestrado e levado para uma mega-fazenda no meio da selva e o obrigaram a trabalhos forçados em companhia de centenas de prisioneiros. A partir deste momento do romance Tudo em Nome da Juquira I, o Thomaz adentra em um país desconhecido para ele e para o leitor entranhado na leitura, que sente na pele: os sofrimentos, as torturas, as decepções, as alegrias e as emoções. E o momento único de beleza singela: o encontro do Thomaz e Alethéia. O início de uma paixão avassaladora. Lamentavelmente um amor proibido, por causas políticas, disputas territoriais; e demonstrações de poderes entre dois coronéis deputados, os donos da cidade. Na ânsia pela fuga, o Thomaz descobriu um novo mundo para ele, novo e perigoso. Adquiriu afinidade com o viver e o morrer. Tudo em Nome da Juquira I é um romance em que Edvan dos Santos Brandão deixou que a realidade e a ficção se tocassem com brevidade, sem que se perceba onde elas se encontram ou se separam. Uma história com tantos personagens para se amar e odiar, é natural que um entre eles, resgate o leitor para dentro dela por causa da semelhança das identidades. Tudo em Nome da Juquira I é cheio de encantos, o maior deles é que, em nenhum momento ele é previsível.
Livros com menos de 70 páginas são grampeados; livros com 70 ou mais páginas tem lombada quadrada; livros com 80 ou mais páginas tem texto na lombada.
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