Por: Evan do Carmo
Língua de Fogo
Era tarde, muito tarde
era noite, noite sombria
e o vento do sul açoitava
o túmulo, onde dormia
a vaidade dos poetas
quando a tua língua quente
tocou a minha orelha
teu hálito divino fez reviver
a minha vaidade congelada
então a língua de gelo se fez fogo
e a poesia renasceu, do mármore
não das cinzas.
“Meu verbo é cortante, mas a minha língua é doce”
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